Suspensão de voos e diárias de hotel afeta turismo no Japão
Com desastres, meta de receber 30 milhões de visitantes por ano no país fica mais longe de ser cumprida
Da Redação
Publicado em 5 de abril de 2011 às 12h23.
Tóquio - O turismo é um dos grandes setores prejudicados pela crise que vem afetando o Japão desde o terremoto do dia 11, que fez despencar as reservas de diárias em hotéis e os voos internacionais com destino ao país, e a meta de receber 30 milhões de visitantes por ano parece longe da realidade.
O desastre sem precedentes do dia 11 de março - que conjuga um terremoto, um tsunami e uma crise nuclear - paralisou as campanhas de promoção da Organização Nacional de Turismo do Japão, que admite um "enorme impacto" negativo sobre a chegada de turistas estrangeiros.
Países como Reino Unido, Estados Unidos e Espanha ainda mantêm a recomendação para que seus cidadãos evitem visitar Tóquio, a menos que seja imprescindível, embora o México tenha comunicado nesta terça-feira que a situação na maior parte do Japão permite viagens com normalidade.
Além disso, várias linhas aéreas estrangeiras continuam reduzindo sua frequência de voos ao Japão, diante da queda da demanda, cinco meses depois de o aeroporto de Haneda, o mais próximo ao centro de Tóquio, abrir um novo terminal internacional destinado a impulsionar o turismo.
Já ao aeroporto de Narita, o outro internacional de Tóquio, apenas 67 mil estrangeiros chegaram entre os dias 11 e 22 de março, 60% a menos que no mesmo período do passado, segundo o Serviço de Alfândegas japonês citado pela agência de notícias "Kyodo".
A companhia aérea American Airlines suspenderá neste mês sua recém-inaugurada linha Haneda-Nova York, além do voo Narita-Dallas. Já a Delta cancelou suas rotas de Haneda a Detroit e Los Angeles e rebaixou em pelo menos 15% a capacidade de seus aviões entre Japão e EUA.
As empresas australianas Qantas e Jetstar também anunciaram sua intenção de reduzir a frequência aérea de seus voos ao Japão em abril, da mesma forma que a companhia aérea Cathay Pacific, de Hong Kong, que prevê uma "demanda fraca" para os próximos meses.
As companhias aéreas japonesas JAL e ANA, no entanto, não têm planos em baixa, enquanto o Governo de Tóquio e os operadores esperam que a queda no turismo seja pouco duradoura e o setor possa se recuperar no segundo semestre.
Por enquanto, os hotéis esvaziaram no Japão, e o impacto foi mais sentido em Tóquio. Segundo o jornal econômico "Nikkei", até o final de abril foram canceladas 90% das reservas de turistas estrangeiros na rede de luxo Prince Hotels, com 44 estabelecimentos no Japão.
Em um dos hotéis-símbolos de Tóquio, o Imperial, onde geralmente se hospedam políticos e diplomatas estrangeiros que passam pela capital, as reservas dos turistas procedentes do exterior caíram à metade desde 11 de março.
Outros estabelecimentos exclusivos da capital, como o hotel Shangri-la, aberto em 2010, tiveram pior sorte: foram fechados até meados de abril por questões logísticas.
Além do impacto do terremoto sobre os turistas, os hotéis de luxo de Tóquio aplicam medidas de racionamento de energia, que os impedem de manter em funcionamento 24 horas por dia serviços secundários, como lojas, restaurantes e bares.
A Organização de Turismo do Japão fixou a meta de conseguir em 2020 mais de 25 milhões de turistas por ano e, o mais rápido possível, os 30 milhões de visitantes para aumentar as receitas e as vagas de emprego, além de transformar o turismo em um pilar de crescimento econômico.
Apesar de suas atrações turísticas exóticas, com gueixas, templos xintoístas, arquitetura moderna e rica gastronomia, o Japão recebeu em 2010 apenas 8,6 milhões de turistas, embora quase 27% a mais que no ano anterior.
A grande maioria dos turistas que visitam o Japão, cerca de 70%, é composta por asiáticos, sobretudo coreanos, chineses e taiuaneses, atraídos principalmente pelas compras e pela cultura japonesa.
Tóquio - O turismo é um dos grandes setores prejudicados pela crise que vem afetando o Japão desde o terremoto do dia 11, que fez despencar as reservas de diárias em hotéis e os voos internacionais com destino ao país, e a meta de receber 30 milhões de visitantes por ano parece longe da realidade.
O desastre sem precedentes do dia 11 de março - que conjuga um terremoto, um tsunami e uma crise nuclear - paralisou as campanhas de promoção da Organização Nacional de Turismo do Japão, que admite um "enorme impacto" negativo sobre a chegada de turistas estrangeiros.
Países como Reino Unido, Estados Unidos e Espanha ainda mantêm a recomendação para que seus cidadãos evitem visitar Tóquio, a menos que seja imprescindível, embora o México tenha comunicado nesta terça-feira que a situação na maior parte do Japão permite viagens com normalidade.
Além disso, várias linhas aéreas estrangeiras continuam reduzindo sua frequência de voos ao Japão, diante da queda da demanda, cinco meses depois de o aeroporto de Haneda, o mais próximo ao centro de Tóquio, abrir um novo terminal internacional destinado a impulsionar o turismo.
Já ao aeroporto de Narita, o outro internacional de Tóquio, apenas 67 mil estrangeiros chegaram entre os dias 11 e 22 de março, 60% a menos que no mesmo período do passado, segundo o Serviço de Alfândegas japonês citado pela agência de notícias "Kyodo".
A companhia aérea American Airlines suspenderá neste mês sua recém-inaugurada linha Haneda-Nova York, além do voo Narita-Dallas. Já a Delta cancelou suas rotas de Haneda a Detroit e Los Angeles e rebaixou em pelo menos 15% a capacidade de seus aviões entre Japão e EUA.
As empresas australianas Qantas e Jetstar também anunciaram sua intenção de reduzir a frequência aérea de seus voos ao Japão em abril, da mesma forma que a companhia aérea Cathay Pacific, de Hong Kong, que prevê uma "demanda fraca" para os próximos meses.
As companhias aéreas japonesas JAL e ANA, no entanto, não têm planos em baixa, enquanto o Governo de Tóquio e os operadores esperam que a queda no turismo seja pouco duradoura e o setor possa se recuperar no segundo semestre.
Por enquanto, os hotéis esvaziaram no Japão, e o impacto foi mais sentido em Tóquio. Segundo o jornal econômico "Nikkei", até o final de abril foram canceladas 90% das reservas de turistas estrangeiros na rede de luxo Prince Hotels, com 44 estabelecimentos no Japão.
Em um dos hotéis-símbolos de Tóquio, o Imperial, onde geralmente se hospedam políticos e diplomatas estrangeiros que passam pela capital, as reservas dos turistas procedentes do exterior caíram à metade desde 11 de março.
Outros estabelecimentos exclusivos da capital, como o hotel Shangri-la, aberto em 2010, tiveram pior sorte: foram fechados até meados de abril por questões logísticas.
Além do impacto do terremoto sobre os turistas, os hotéis de luxo de Tóquio aplicam medidas de racionamento de energia, que os impedem de manter em funcionamento 24 horas por dia serviços secundários, como lojas, restaurantes e bares.
A Organização de Turismo do Japão fixou a meta de conseguir em 2020 mais de 25 milhões de turistas por ano e, o mais rápido possível, os 30 milhões de visitantes para aumentar as receitas e as vagas de emprego, além de transformar o turismo em um pilar de crescimento econômico.
Apesar de suas atrações turísticas exóticas, com gueixas, templos xintoístas, arquitetura moderna e rica gastronomia, o Japão recebeu em 2010 apenas 8,6 milhões de turistas, embora quase 27% a mais que no ano anterior.
A grande maioria dos turistas que visitam o Japão, cerca de 70%, é composta por asiáticos, sobretudo coreanos, chineses e taiuaneses, atraídos principalmente pelas compras e pela cultura japonesa.