Supermercados paulistas querem reduzir preço de sacolas reutilizáveis
Procon de São Paulo e o Ministério Público Estadual prevêem que as sacolas reutilizáveis custem no máximo R$ 0,59
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Sacola gigante em frente à Secretaria do Meio Ambiente (Divulgação)
Publicado em 3 de abril de 2012 às, 21h55.
São Paulo – Os supermercados paulistas querem reduzir o preço das sacolas reutilizáveis que serão distribuídas em suas lojas. A partir de amanhã (4), os estabelecimentos não vão mais distribuir sacolas plásticas para embalar os produtos vendidos. Segundo o presidente da Associação Paulista de Supermercados (Apas), João Galassi, o preço das sacolas é alto. “Na próxima semana estamos fazendo um grande encontro com os fornecedores, para que possamos reduzir ainda mais os preços”, disse hoje (3) Galassi.
O Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado pela Apas com o Procon de São Paulo e o Ministério Público Estadual prevê que as sacolas reutilizáveis custem no máximo R$ 0,59. A Apas, no entanto, disse que tentará reduzir o preço das sacolas e de outros produtos. “Carrinho de feira, sacolas reutilizáveis, tudo que esteja relacionado ao movimento da sustentabilidade, ao movimento da substituição das sacolas por reutilizáveis”, citou o presidente da associação.
O acordo foi assinado no começo de fevereiro. Nesse período houve uma redução de 72% no número de sacolas distribuídas comparado com o mesmo período de 2011, de acordo com Galassi.
O promotor de Justiça, José Eduardo Ismael Lutti, destacou a importância do fim da distribuição das sacolas plásticas como forma de reduzir a produção de lixo e preservar os recursos naturais. “Não queremos mais a produção desnecessária de resíduos sólidos. A sacolinha plástica é um exemplo típico disso. É o símbolo do desperdício de recursos naturais”.
Segundo Lutti, os supermercados que continuarem a distribuir a embalagem poderão ser acionados judicialmente, com base na Lei de Resíduos Sólidos, para que também recolham as sacolas. “A rede de supermercado pode cativar o seu cliente, porém, ela vai ter que arranjar uma forma de ir até a casa do consumidor e recolher a sacolinha de volta”.
Apesar de considerar o fim da distribuição das embalagens “uma oportunidade para que o consumidor pratique alternativas mais sustentáveis”, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) defendeu hoje, em nota, que a medida também promova benefícios concretos para os consumidores. “Os supermercados deveriam promover descontos na compra por cada sacola evitada ou subsidiar as sacolas reutilizáveis, com o recurso que está sendo economizado com o banimento de sacolas plásticas para que as reutilizáveis sejam acessíveis para todos os consumidores”.
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