A China é o maior exportador do mundo (Daniel Berehulak/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 14 de fevereiro de 2011 às 07h49.
Pequim - O superávit comercial da China caiu ao menor nível dos últimos nove meses em janeiro, com o avanço das importações dando apoio ao governo para provar que está fazendo o bastante no incentivo à demanda doméstica, sem precisar acelerar a apreciação do iuane.
O superávit diminuiu de 13,1 bilhões de dólares em dezembro para 6,5 bilhões de dólares em janeiro, menos que as previsões de 10,7 bilhões.
No passado, um superávit mais fraco teria causado preocupação, mas recentemente o governo chinês tenta fazer a economia depender menos de exportações e mais do consumo doméstico, em parte para lidar com críticos que dizem que o sucesso do país vem às custas de outras economias.
Foi o terceiro mês seguido de queda no superávit e, embora não seja tão forte para marcar uma redução definitiva, a série dá um impulso simbólico à China antes da reunião de ministros das Finanças do G20 nesta semana.
As exportações chinesas cresceram 37,7 por cento em janeiro em relação ao mesmo mês do ano anterior, superando expectativas de 22,4 por cento. As importações tiveram alta de 51 por cento, mais que a alta prevista de 28 por cento, informou a agência aduaneira do país.
Os preços de cobre e minério de ferro ficaram perto de máximas recordes na maior parte de janeiro e o petróleo também subiu, aumentando a conta de importações da China.
Países exportadores de commodities foram claramente favorecidos. As importações vindas da África do Sul à China subiram 212,5 por cento em janeiro sobre o mesmo mês do ano passado, enquanto os embarques do Canadá e do Brasil aumentaram 146,7 por cento e 95,4 por cento, respectivamente.