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Suíça veta uso de vacina da AstraZeneca contra covid-19

A SwissMedic, a agência médica reguladora do país, alegou falta de dados para chegar a conclusões firmes sobre a eficácia do imunizante

Vacina produzida pela AstraZeneca, em parceria com a Fiocruz e Oxford. (Anthony Devlin/Getty Images)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de fevereiro de 2021 às 14h48.

A Suíça recusou nesta quarta-feira, 3, a autorização para o uso da vacina contra a covid-19 desenvolvida pela universidade de Oxford, em parceria com a AstraZeneca , se tornando o primeiro país europeu a vetar a administração do imunizante, segundo publicação do Financial Times.

A SwissMedic, a agência médica reguladora do país, alegou falta de dados para chegar a conclusões firmes sobre a eficácia do imunizante. "Para a vacina da AstraZeneca, os dados disponíveis e avaliados até o momento ainda não são suficientes para aprovação", afirmou o órgão. É esperado que uma nova avaliação sobre a vacina seja feita após os resultados de dois outros ensaios clínicos na América do Norte e do Sul.

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Outros países, como F rança, Alemanha, Itália, Suécia e Polônia, também alegaram falta de dados sobre a eficácia da vacina, principalmente em idosos, e desaconselharam seu uso em pessoas dessa faixa etária.

A Suíça já registrou mais de 528 mil casos confirmados de covid-19, além de mais de 9,5 mil mortes relacionadas à doença, indica levantamento da universidade americana Johns Hopkins.

A Universidade de Oxford e a AstraZeneca pretendem produzir uma segunda geração de sua vacina contra a covid-19 que protegerá contra as novas variantes do vírus em circulação, afirma a Reuters.

Mene Pangalos, chefe de pesquisa da AstraZeneca, afirmou que o "objetivo é tentar ter algo pronto até o outono, então este ano" quando perguntado sobre o prazo de entrega para a nova versão da vacina. "Quando tivermos a próxima variante, todos estarão atualizados e esperamos que seja mais simples", afirmou Pangalos.

A Dinamarca deve lançar um "passaporte" para vacinados contra a covid-19 até o final de fevereiro na tentativa de facilitar a entrada de viajantes a negócio no país, de acordo com informações do Financial Times.

Morten Bodskov, ministro das finanças interino da Dinamarca, disse hoje que os documentos seriam lançados de forma simples. O governo espera que, em cerca de três meses, seja lançado um passaporte digital completo para comprovar a imunização dos viajantes. "É absolutamente crucial para nós reiniciar a sociedade dinamarquesa para que as empresas possam voltar aos trilhos", acrescentou Bodskov.

Segundo a Johns Hopkins, a Dinamarca acumula mais de 200 mil infecções pelo novo coronavírus e mais de 2 mil fatalidades.

Na Suécia, o primeiro-ministro Stefan Lofven afirmou hoje que o país exigirá teste de covid-19 negativo e com menos de 48 horas para qualquer pessoa que deseje entrar em território sueco, afirma o Financial Times.

O país evitou um lockdown formal na primeira onda da pandemia, mas, nas últimas semanas, decretou uma série de medidas restritivas, como o uso obrigatório de máscaras no transporte público e o fechamento de escolas para maiores de 13 anos.

De acordo com a Johns Hopkins, a Suécia já reportou mais de 580 mil casos de covid-19 e mais de 11 mil fatalidades, o que leva a taxa de mortalidade per capita no país a ser três vezes maior do que a média da Dinamarca e 10 vezes maior do que na Noruega e Finlândia.

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