Sudão e Sudão do Sul firmam compromisso de evitar nova guerra
Comissões formadas permitem aos dois países assinar um acordo que solucione as questões pendentes entre ambos e evite uma nova guerra
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2011 às 20h29.
Cartum - Os governos de Sudão e o Sudão do Sul anunciaram neste domingo em Cartum a formação de comissões que permitam aos dois países assinar um acordo que solucione as questões pendentes entre ambos e evite uma nova guerra.
O presidente do Sudão, Omar Hassan Al Bashir, garantiu em entrevista coletiva conjunta com o governante sul-sudanês, Salva Kiir, que as comissões servirão 'para conseguir soluções definitivas e em prazos determinados', para todos os assuntos em disputa entre os dois países.
'Está prevista a assinatura definitiva de acordos sobre as questões pendentes, sejam de segurança, militares, políticas ou econômicos', informou Al Bashir, que acrescentou que a visita de Kiir, a primeira desde a independência do Sudão do Sul em julho, 'foi bem-sucedida e frutífera'.
Já o presidente do Sudão do Sul afirmou que decidiu com Al Bashir 'não voltar à guerra', embora, segundo ele, haja 'elementos das duas partes que estão tentando forçar os dois países rumo a um conflito armado'.
Kiir afirmou seu compromisso de resolver todos os assuntos polêmicos, como a demarcação de fronteiras e a disputa sobre a região de Abyei por meio do diálogo, além de ressaltar que a prosperidade dos dois países passa pela vizinhança pacífica.
Abyei foi palco, nos últimos meses, de confrontos entre o Movimento Popular para a Libertação do Sudão (MPLS) e as tropas de Cartum, principalmente depois que estas últimas ocuparam em 21 de maio esse território rico em petróleo e cuja soberania ainda não foi decidida.
O líder do Sudão do Sul disse que em sua volta a Juba debaterá o que foi estipulado em Cartum com os membros do governo para estudar uma forma de aplicar os acordos.
As duas partes firmaram compromissos sobre vários temas durante as conversas que aconteceram neste domingo e no sábado, sendo o mais destacado o compromisso do Sudão de abrir seus portos à exportação de petróleo de Juba, conforme as normas internacionais.
A divisão da receita do petróleo era um dos assuntos polêmicos, já que a produção é feita em jazidas localizadas no Sudão do Sul, enquanto os portos de exportação do petróleo estão situados no Sudão.
Outros temas pendentes são demarcação das fronteiras, dívida externa, transações bancárias e transporte, além da disputa sobre a região de Abyei.
O Sudão do Sul obteve a independência do Sudão em 9 de julho após um plebiscito de autodeterminação realizado para dar cumprimento ao Acordo Geral de Paz assinado em 2005, depois de duas décadas de guerra civil. EFE
Cartum - Os governos de Sudão e o Sudão do Sul anunciaram neste domingo em Cartum a formação de comissões que permitam aos dois países assinar um acordo que solucione as questões pendentes entre ambos e evite uma nova guerra.
O presidente do Sudão, Omar Hassan Al Bashir, garantiu em entrevista coletiva conjunta com o governante sul-sudanês, Salva Kiir, que as comissões servirão 'para conseguir soluções definitivas e em prazos determinados', para todos os assuntos em disputa entre os dois países.
'Está prevista a assinatura definitiva de acordos sobre as questões pendentes, sejam de segurança, militares, políticas ou econômicos', informou Al Bashir, que acrescentou que a visita de Kiir, a primeira desde a independência do Sudão do Sul em julho, 'foi bem-sucedida e frutífera'.
Já o presidente do Sudão do Sul afirmou que decidiu com Al Bashir 'não voltar à guerra', embora, segundo ele, haja 'elementos das duas partes que estão tentando forçar os dois países rumo a um conflito armado'.
Kiir afirmou seu compromisso de resolver todos os assuntos polêmicos, como a demarcação de fronteiras e a disputa sobre a região de Abyei por meio do diálogo, além de ressaltar que a prosperidade dos dois países passa pela vizinhança pacífica.
Abyei foi palco, nos últimos meses, de confrontos entre o Movimento Popular para a Libertação do Sudão (MPLS) e as tropas de Cartum, principalmente depois que estas últimas ocuparam em 21 de maio esse território rico em petróleo e cuja soberania ainda não foi decidida.
O líder do Sudão do Sul disse que em sua volta a Juba debaterá o que foi estipulado em Cartum com os membros do governo para estudar uma forma de aplicar os acordos.
As duas partes firmaram compromissos sobre vários temas durante as conversas que aconteceram neste domingo e no sábado, sendo o mais destacado o compromisso do Sudão de abrir seus portos à exportação de petróleo de Juba, conforme as normas internacionais.
A divisão da receita do petróleo era um dos assuntos polêmicos, já que a produção é feita em jazidas localizadas no Sudão do Sul, enquanto os portos de exportação do petróleo estão situados no Sudão.
Outros temas pendentes são demarcação das fronteiras, dívida externa, transações bancárias e transporte, além da disputa sobre a região de Abyei.
O Sudão do Sul obteve a independência do Sudão em 9 de julho após um plebiscito de autodeterminação realizado para dar cumprimento ao Acordo Geral de Paz assinado em 2005, depois de duas décadas de guerra civil. EFE