Sucesso e dúvidas para a Alphabet
A companhia-mãe do Google, a Alphabet, deve mostrar ótimos resultados quando apresentar seu relatório financeiro depois que os mercados fecharem nesta quinta-feira. Analistas esperam um crescimento de 17% na receita do terceiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, chegando 22 bilhões de dólares. O lucro por ação deve subir de 7,35 para 8,62 […]
Da Redação
Publicado em 27 de outubro de 2016 às 05h23.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h46.
A companhia-mãe do Google, a Alphabet, deve mostrar ótimos resultados quando apresentar seu relatório financeiro depois que os mercados fecharem nesta quinta-feira. Analistas esperam um crescimento de 17% na receita do terceiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, chegando 22 bilhões de dólares. O lucro por ação deve subir de 7,35 para 8,62 dólares. Os serviços que puxam essa melhoria são o Google Play, o Google Cloud e, principalmente, o YouTube, que deve aumentar seu faturamento entre 30% e 40% com relação ao ano anterior.
Mas nem todas as notícias são boas para a companhia comandada por Sergey Brin e Larry Page. Quando a Alphabet foi criada, a intenção era fazer com que os projetos novos, conhecidos como “Outras Apostas”, deixassem de impactar financeiramente os negócios tradicionais. Além disso, a holding também prometia transformar esses projetos, como o laboratório semi-secreto Google X, a companhia de biotecnologia Calico e o Nest Labs, responsável pela automação residencial, em empresas reais, com faturamento e lucro. Por último, queria manter dentro da estrutura os melhores líderes.
Dos três objetivos, só o primeiro se consolidou até agora. Em cinco meses, três presidentes de empresas da holding deixaram seus postos – Tony Fadell, do Nest Labs, Bill Maris, do Google Ventures e, na terça-feira, Craig Barratt, do Google Fiber, um projeto para levar internet ultrarrápida para várias cidades americanas.
A saída dos executivos estaria diretamente ligada à cobrança por resultados que não vêm. De acordo com ex-funcionários, métricas como expectativa de receita em relação às despesas, que antes inexistiam, passaram a ser frequentes. A despesa de capital com essas novas apostas foi de 280 milhões de dólares no segundo trimestre. Para uma empresa acostumada a moldar o futuro, o fracasso em negócios inovadores é um problemão. Mesmo que, no presente, esteja tudo muito bem, obrigado.