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SP precisa de corredor verde anti enchente, diz pesquisa

Capital paulista precisa de pelo menos 48,5 quilômetros de ruas e avenidas com árvores de grande porte plantadas em sequência, em calçadas ou canteiros centrais das vias

Avenida Paulista, cartão-postal de São Paulo: muito asfalto e pouco verde (Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de abril de 2011 às 09h48.

São Paulo - A cidade de São Paulo precisa de pelo menos 48,5 quilômetros de corredores verdes urbanos - ruas e avenidas com árvores de grande porte plantadas em sequência, em calçadas ou canteiros centrais das vias. É o que aponta pesquisa da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP).

A malha proposta no estudo iria do Parque Villa-Lobos, em Pinheiros, zona oeste, até o Tatuapé, na zona leste. Pelo estudo os bairros paulistanos com mais urgência no plantio de árvores são Água Rasa, Mooca e Bela Vista.

A gestora ambiental Juliana Amorim da Costa, de 25 anos, autora do projeto apresentado no fim do ano passado como dissertação de mestrado em Ciências na Pós-graduação em Recursos Florestais, ainda sugere o plantio de espécies típicas, como a sibipiruna (de até 25 metros de altura) e a tipuana (de até 15 metros).

Caso as árvores fossem plantadas hoje, os efeitos benéficos da presença delas - capacidade de reter água da chuva e amenizar fenômenos climáticos como as ilhas de calor - ainda demorariam de quatro a cinco anos para serem percebidos pela população. Esse é o tempo médio de crescimento para as espécies chegarem à fase adulta, segundo informações da Divisão de Arborização da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (Depave2).

O relatório final da pesquisa da USP conclui que a quantidade de árvores influencia nas condições climáticas dos bairros, como o conforto térmico proporcionado pelas copas e a umidade do ar. “Há funções estéticas, recreativas e ecológicas, como o aumento da permeabilidade do solo, que reduz os pontos de alagamento”, diz a autora Juliana Amorim.

O professor Paulo Pellegrino, do Lab-Verde da USP, relata que as copas de árvores altas se juntam acima da fiação elétrica e formam um dossel, capaz de reter água e retardar o impacto da chuva no chão, além de amenizar as temperaturas sob a sombra. “Trata-se de uma cobertura vegetal importantíssima e muito viável, porque o espaço aéreo está ocioso. Qualquer coisa que ajude a cidade a suportar as chuvas é muito útil.”

A paisagista Cecília Herzog, do Inverde, ressalta que a árvore só atinge o potencial máximo de drenagem pelo tronco e raízes se não estiver num canteiro fechado com cimento até a base. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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A malha proposta no estudo iria do Parque Villa-Lobos, em Pinheiros, zona oeste, até o Tatuapé, na zona leste. Pelo estudo os bairros paulistanos com mais urgência no plantio de árvores são Água Rasa, Mooca e Bela Vista.

A gestora ambiental Juliana Amorim da Costa, de 25 anos, autora do projeto apresentado no fim do ano passado como dissertação de mestrado em Ciências na Pós-graduação em Recursos Florestais, ainda sugere o plantio de espécies típicas, como a sibipiruna (de até 25 metros de altura) e a tipuana (de até 15 metros).

Caso as árvores fossem plantadas hoje, os efeitos benéficos da presença delas - capacidade de reter água da chuva e amenizar fenômenos climáticos como as ilhas de calor - ainda demorariam de quatro a cinco anos para serem percebidos pela população. Esse é o tempo médio de crescimento para as espécies chegarem à fase adulta, segundo informações da Divisão de Arborização da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (Depave2).

O relatório final da pesquisa da USP conclui que a quantidade de árvores influencia nas condições climáticas dos bairros, como o conforto térmico proporcionado pelas copas e a umidade do ar. “Há funções estéticas, recreativas e ecológicas, como o aumento da permeabilidade do solo, que reduz os pontos de alagamento”, diz a autora Juliana Amorim.

O professor Paulo Pellegrino, do Lab-Verde da USP, relata que as copas de árvores altas se juntam acima da fiação elétrica e formam um dossel, capaz de reter água e retardar o impacto da chuva no chão, além de amenizar as temperaturas sob a sombra. “Trata-se de uma cobertura vegetal importantíssima e muito viável, porque o espaço aéreo está ocioso. Qualquer coisa que ajude a cidade a suportar as chuvas é muito útil.”

A paisagista Cecília Herzog, do Inverde, ressalta que a árvore só atinge o potencial máximo de drenagem pelo tronco e raízes se não estiver num canteiro fechado com cimento até a base. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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