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"Solução de dois Estados é único caminho", diz ONU a Trump

A chamada solução de dois Estados conta com o respaldo praticamente unânime da comunidade internacional

Trump: "A solução de dois Estados continua sendo o único caminho para conseguir as legítimas aspirações nacionais dos dois povos" (Carlos Barria/Reuters)

Trump: "A solução de dois Estados continua sendo o único caminho para conseguir as legítimas aspirações nacionais dos dois povos" (Carlos Barria/Reuters)

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EFE

Publicado em 16 de fevereiro de 2017 às 15h50.

Última atualização em 16 de fevereiro de 2017 às 17h51.

Nações Unidas - A ONU defendeu nesta quinta-feira que a "solução de dois Estados é o único caminho" possível para pôr fim ao conflito entre israelenses e palestinos, um dia após o presidente americano, Donald Trump, abrir espaço para outras fórmulas.

"A solução de dois Estados continua sendo o único caminho para conseguir as legítimas aspirações nacionais dos dois povos", disse ao Conselho de Segurança o enviado das Nações Unidas para o Oriente Médio, Nickolay Mladenov.

O diplomata afirmou que os "eventos recentes" em torno do conflito devem preocupar todo o mundo e advertiu contra fórmulas pouco definidas para tentar solucionar o conflito.

Mladenov se expressou assim um dia após Trump afirmar que a paz não passa necessariamente pela criação de um Estado palestino.

"Estou avaliando uma solução de dois Estados e de um Estado, gostarei da que as duas partes gostarem. Posso viver com qualquer uma das duas" saídas, disse Trump em entrevista coletiva junto ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

A chamada solução de dois Estados conta com o respaldo praticamente unânime da comunidade internacional e foi a opção defendida por Washington desde a presidência de Bill Clinton.

Horas antes de Trump anunciar oficialmente esta mudança, o secretário-geral da ONU, António Guterres, já tinha defendido que a criação de um Estado palestino é "a única solução".

"É preciso fazer todo o possível para realizar esta solução", afirmou na quarta-feira o diplomata português, em visita ao Cairo.

Hoje, seu enviado para o conflito reiterou a postura das Nações Unidas e ressaltou que, para avançar, é necessário que Israel detenha a expansão dos assentamentos e que os palestinos atuem face à violência e incitação.

"Os palestinos e os israelenses encaram outro período de incerteza e preocupação sobre o que vai acontecer. Peço aos líderes das duas partes que contemplem cuidadosamente o futuro que querem para seu povo", disse Mladenov.

O Conselho de Segurança analisa nesta quinta-feira a portas fechadas o conflito, e os embaixadores de vários países presentes na reunião demonstraram apoio à criação de um Estado palestino.

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