Sírios vivem pior ataque químico em dois anos de guerra
Grupos de oposição atribuíram o ataque ocorrido nos arredores de Damasco a forças do governo
Da Redação
Publicado em 21 de agosto de 2013 às 20h51.
Beirute - Imagens de crianças mortas enfileiradas, enroladas em lençóis brancos sem nenhum ferimento aparente, foram divulgadas por grupos de oposição ao governo sírio para denunciar um ataque com "gás tóxico" que causou a morte de pelo menos 136 pessoas, mas cujo número final poderia ser até dez vezes maior.
Grupos de oposição ao presidente Bashar Assad atribuíram o ataque ocorrido nesta quarta-feira nos arredores de Damasco a forças do governo. Damasco, por sua vez, negou ter usado armas químicas em nas ações militares de hoje perto da capital, qualificando-as como "completamente infundadas".
Numa reunião de emergência, o Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU) manifestou apoio a um pedido do secretário-geral da entidade, Ban Ki-moon, para que seja iniciada uma investigação "profunda, imparcial e imediata" da denúncia.
Mais cedo, o subsecretário de Imprensa da ONU, Eduardo del Buey, disse que Ban Ki-moon ficou "chocado" com a denúncia e queria que todos os ataques com armas químicas denunciados nos últimos meses, tanto pelo governo quanto pela oposição, fossem investigados a fundo.
Vídeos e fotografias mostram dezenas de corpos enfileirados, entre eles mais de uma dúzia de crianças. As imagens contêm poucos sinais visíveis de sangue ou ferimentos convencionais e a maior parte das vítimas parece ter morrido asfixiada. Sobreviventes são mostrados com máscaras de oxigênio no rosto.
Grupos de oposição a Assad divulgaram cifras que variam de 136 a 1.300 mortos. No entanto, mesmo a estimativa mais conservadora faz deste o mais mortífero ataque com armas químicas já denunciado em dois anos e meio de guerra civil na Síria.
Há meses, rebeldes denunciam o uso de armas químicas pelo governo. Eles contam com o apoio dos Estados Unidos, da Grã-Bretanha e da França em suas acusações. Já a Síria, com o apoio da Rússia, desmente e acusa os rebeldes de usaram tais armas.
O ataque ocorre num dia em que inspetores de armas da ONU estão em território sírio para investigar acusações anteriores do uso de armas químicas.
A Casa Branca declarou-se "profundamente preocupada" com as denúncias. Em junho, os EUA concluíram que a Síria "provavelmente" usou armas químicas, o que embasou a decisão de Washington de aprovar o envio de armas para os rebeldes.
Na Europa, Reino Unido e França fizeram um apelo para que a equipe de investigadores da ONU possa entrar na região próxima a Damasco para investigar o caso.
A Rússia, por sua vez, sugeriu que o suposto ataque com armas químicas pode ter sido lançado por rebeldes com o objetivo de provocar uma reação da comunidade internacional contra Assad. A exemplo de Londres e Paris, Moscou também pediu uma investigação detalhada do caso. Fonte: Associated Press.
Beirute - Imagens de crianças mortas enfileiradas, enroladas em lençóis brancos sem nenhum ferimento aparente, foram divulgadas por grupos de oposição ao governo sírio para denunciar um ataque com "gás tóxico" que causou a morte de pelo menos 136 pessoas, mas cujo número final poderia ser até dez vezes maior.
Grupos de oposição ao presidente Bashar Assad atribuíram o ataque ocorrido nesta quarta-feira nos arredores de Damasco a forças do governo. Damasco, por sua vez, negou ter usado armas químicas em nas ações militares de hoje perto da capital, qualificando-as como "completamente infundadas".
Numa reunião de emergência, o Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU) manifestou apoio a um pedido do secretário-geral da entidade, Ban Ki-moon, para que seja iniciada uma investigação "profunda, imparcial e imediata" da denúncia.
Mais cedo, o subsecretário de Imprensa da ONU, Eduardo del Buey, disse que Ban Ki-moon ficou "chocado" com a denúncia e queria que todos os ataques com armas químicas denunciados nos últimos meses, tanto pelo governo quanto pela oposição, fossem investigados a fundo.
Vídeos e fotografias mostram dezenas de corpos enfileirados, entre eles mais de uma dúzia de crianças. As imagens contêm poucos sinais visíveis de sangue ou ferimentos convencionais e a maior parte das vítimas parece ter morrido asfixiada. Sobreviventes são mostrados com máscaras de oxigênio no rosto.
Grupos de oposição a Assad divulgaram cifras que variam de 136 a 1.300 mortos. No entanto, mesmo a estimativa mais conservadora faz deste o mais mortífero ataque com armas químicas já denunciado em dois anos e meio de guerra civil na Síria.
Há meses, rebeldes denunciam o uso de armas químicas pelo governo. Eles contam com o apoio dos Estados Unidos, da Grã-Bretanha e da França em suas acusações. Já a Síria, com o apoio da Rússia, desmente e acusa os rebeldes de usaram tais armas.
O ataque ocorre num dia em que inspetores de armas da ONU estão em território sírio para investigar acusações anteriores do uso de armas químicas.
A Casa Branca declarou-se "profundamente preocupada" com as denúncias. Em junho, os EUA concluíram que a Síria "provavelmente" usou armas químicas, o que embasou a decisão de Washington de aprovar o envio de armas para os rebeldes.
Na Europa, Reino Unido e França fizeram um apelo para que a equipe de investigadores da ONU possa entrar na região próxima a Damasco para investigar o caso.
A Rússia, por sua vez, sugeriu que o suposto ataque com armas químicas pode ter sido lançado por rebeldes com o objetivo de provocar uma reação da comunidade internacional contra Assad. A exemplo de Londres e Paris, Moscou também pediu uma investigação detalhada do caso. Fonte: Associated Press.