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Síria acusa mediador internacional de ultrapassar limites

O ministro de Informação da Síria acusou o mediador internacional, Lakhdar Brahimi, de ter se excedido no cargo

Lakhdar Brahimi, mediador no processo de paz para a Síria: última rodada de negociações entre o regime e a oposição síria terminou em 15 de fevereiro (Denis Balibouse/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 14 de março de 2014 às 13h37.

Damasco - O ministro de Informação da Síria , Omran al Zubi, acusou nesta sexta-feira o mediador internacional, Lakhdar Brahimi, de ter se excedido no cargo ao mostrar sua preocupação com uma possível convocação de eleições na Síria.

"Brahimi deve respeitar seu posto como mediador e ser honesto e neutro com a linguagem que utiliza", disse Zubi, citado pela televisão oficial.

Essa foi a reação de Damasco as declarações do enviado especial da ONU e da Liga Árabe feitas ontem, quando advertiu que a possível convocação de pleito presidenciais na Síria seria o fim do incipiente processo de diálogo entre autoridades e a oposição.

"Se houver eleições, suspeito que a oposição, toda a oposição, não estará interessada em falar com o governo", afirmou Brahimi.

Zubi afirmou que o mediador não está autorizado, nem corresponde a sua função, falar das eleições na Síria. E destacou que suas palavras "são coerentes com as utilizadas com a delegação da oposição em Genebra 2 e com a política americana".

Nas últimas horas, o parlamento sírio aprovou parte de um projeto de lei eleitoral, que permite pela primeira vez em décadas que se apresentem vários candidatos à eleição presidencial, embora as normas dificultem o registro de grande parte dos opositores exilados.

A data da eleição ainda não foi marcada, mas a expectativa é que sejam convocadas este ano, já que o mandato do presidente sírio, Bashar al Assad, vence 17 de julho e, segundo a Constituição, deveria haver eleições entre 60 e 90 dias depois.

A última rodada de negociações entre o regime e a oposição síria terminou em 15 de fevereiro em Genebra, sem nenhum tipo de acordo.

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Essa foi a reação de Damasco as declarações do enviado especial da ONU e da Liga Árabe feitas ontem, quando advertiu que a possível convocação de pleito presidenciais na Síria seria o fim do incipiente processo de diálogo entre autoridades e a oposição.

"Se houver eleições, suspeito que a oposição, toda a oposição, não estará interessada em falar com o governo", afirmou Brahimi.

Zubi afirmou que o mediador não está autorizado, nem corresponde a sua função, falar das eleições na Síria. E destacou que suas palavras "são coerentes com as utilizadas com a delegação da oposição em Genebra 2 e com a política americana".

Nas últimas horas, o parlamento sírio aprovou parte de um projeto de lei eleitoral, que permite pela primeira vez em décadas que se apresentem vários candidatos à eleição presidencial, embora as normas dificultem o registro de grande parte dos opositores exilados.

A data da eleição ainda não foi marcada, mas a expectativa é que sejam convocadas este ano, já que o mandato do presidente sírio, Bashar al Assad, vence 17 de julho e, segundo a Constituição, deveria haver eleições entre 60 e 90 dias depois.

A última rodada de negociações entre o regime e a oposição síria terminou em 15 de fevereiro em Genebra, sem nenhum tipo de acordo.

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