Síria: 41 civis mortos em Homs, e dezenas de estudantes detidos
Mortes aconteceram em Homs, cidade que lidera os protestos contra o regime de Bashar al-Assad
Da Redação
Publicado em 5 de dezembro de 2011 às 18h41.
Nicósia, Chipre- - Quarenta e um civis foram mortos nesta segunda-feira pelas forças de segurança em Homs (centro), foco da onda de contestação contra o regime do presidente sírio, Bashar al-Assad, ao mesmo tempo em que foram detidos 50 estudantes nos últimos dias, segundo o o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
No episódio mais violento, 34 sírios sequestrados nesta segunda por "shabiha", como são chamados os milicianos pró-regime, foram encontrados mortos na cidade de Homs, indicou o OSDH.
O OSDH, com sede em Londres, indicou ter sido informado por um militante na área que tinha "visto os corpos de 34 civis, sequestrados pelos shabiha na segunda-feira, em uma praça no bairro Al-Zahra, favorável ao regime".
Os civis tinham sido sequestrados em vários "bairros anti-regime" na cidade de Homs.
Além disso, "quatro civis foram mortos e cinco ficaram feridos a tiros, durante funerais realizados no bairro de Deir Balaa", relatou o Observatório sírio dos Direitos Humanos (OSDH). Um quinto civil foi assassinado pelas tropas do governo perto do hospital nacional de Homs.
Em Houla, na região de Homs, "um homem e uma mulher foram mortos, vítimas de tiros disparados por agentes de segurança". Os 'shabiha' sequestraram 13 passageiros e o motorista de um ônibus que passava pela mesma região.
No domingo, pelo menos 30 pessoas foram mortas em Homs (160 km ao norte de Damasco), como parte de um cerco que mantido há dois meses pelas forças de segurança.
Na região de Idleb (noroeste), "confrontos violentos foram registrados entre desertores e o exército regular, nas localidades de Ihsem e Al-Bara", segundo o OSDH, com sede no Reino Unido.
Ainda nesta região, mais de 15 veículos militares, transportando soldados do exército regular foram mobilizados em Bab al-Hawa, na fronteira com a Turquia, anunciaram os Comitês Locais de Coordenação (LCC), um dos grupos que lideram as manifestações no terreno.
Em Deraa (sul), quatro membros das forças de segurança, entre eles um oficial, foram mortos por desertores diante do tribunal de Daël. Perseguições foram então realizadas por agentes da segurança que cercaram Daël, segundo o OSDH que denunciou a existência de "vários civis gravemente feridos".
Os serviços de segurança também detiveram dez estudantes que participavam de um protesto contra o regime em Harasta, perto de Damasco. E na cidade litorânea de Jabla, oito foram detidos no próprio colégio, sob a acusação de terem proferido insultos contra Assad, informou o OSDH e os LCC.
Na cidade litorânea de Banias, 32 pessoas foram detidas durante manifestação, e várias outras na vizinha Baïda.
Segundo a OSDH, 30 estudantes originários de Deraa foram interrogados e outros 60 foram expulsos da Universidade de Techrine em Lattaquié (noroeste).
"Eles foram ameaçados, sofreram pressões e foram objeto de maus-tratos e insultos da parte dos próprios colegas, devido à religião e à comunidade de onde vieram", denunciou o OSDH.
Segundo o mais recente número fornecido na sexta-feira, pela ONU, a repressão fez pelo menos 4.000 mortos desde março no país.
* Matéria atualizada às 17h16
Nicósia, Chipre- - Quarenta e um civis foram mortos nesta segunda-feira pelas forças de segurança em Homs (centro), foco da onda de contestação contra o regime do presidente sírio, Bashar al-Assad, ao mesmo tempo em que foram detidos 50 estudantes nos últimos dias, segundo o o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
No episódio mais violento, 34 sírios sequestrados nesta segunda por "shabiha", como são chamados os milicianos pró-regime, foram encontrados mortos na cidade de Homs, indicou o OSDH.
O OSDH, com sede em Londres, indicou ter sido informado por um militante na área que tinha "visto os corpos de 34 civis, sequestrados pelos shabiha na segunda-feira, em uma praça no bairro Al-Zahra, favorável ao regime".
Os civis tinham sido sequestrados em vários "bairros anti-regime" na cidade de Homs.
Além disso, "quatro civis foram mortos e cinco ficaram feridos a tiros, durante funerais realizados no bairro de Deir Balaa", relatou o Observatório sírio dos Direitos Humanos (OSDH). Um quinto civil foi assassinado pelas tropas do governo perto do hospital nacional de Homs.
Em Houla, na região de Homs, "um homem e uma mulher foram mortos, vítimas de tiros disparados por agentes de segurança". Os 'shabiha' sequestraram 13 passageiros e o motorista de um ônibus que passava pela mesma região.
No domingo, pelo menos 30 pessoas foram mortas em Homs (160 km ao norte de Damasco), como parte de um cerco que mantido há dois meses pelas forças de segurança.
Na região de Idleb (noroeste), "confrontos violentos foram registrados entre desertores e o exército regular, nas localidades de Ihsem e Al-Bara", segundo o OSDH, com sede no Reino Unido.
Ainda nesta região, mais de 15 veículos militares, transportando soldados do exército regular foram mobilizados em Bab al-Hawa, na fronteira com a Turquia, anunciaram os Comitês Locais de Coordenação (LCC), um dos grupos que lideram as manifestações no terreno.
Em Deraa (sul), quatro membros das forças de segurança, entre eles um oficial, foram mortos por desertores diante do tribunal de Daël. Perseguições foram então realizadas por agentes da segurança que cercaram Daël, segundo o OSDH que denunciou a existência de "vários civis gravemente feridos".
Os serviços de segurança também detiveram dez estudantes que participavam de um protesto contra o regime em Harasta, perto de Damasco. E na cidade litorânea de Jabla, oito foram detidos no próprio colégio, sob a acusação de terem proferido insultos contra Assad, informou o OSDH e os LCC.
Na cidade litorânea de Banias, 32 pessoas foram detidas durante manifestação, e várias outras na vizinha Baïda.
Segundo a OSDH, 30 estudantes originários de Deraa foram interrogados e outros 60 foram expulsos da Universidade de Techrine em Lattaquié (noroeste).
"Eles foram ameaçados, sofreram pressões e foram objeto de maus-tratos e insultos da parte dos próprios colegas, devido à religião e à comunidade de onde vieram", denunciou o OSDH.
Segundo o mais recente número fornecido na sexta-feira, pela ONU, a repressão fez pelo menos 4.000 mortos desde março no país.
* Matéria atualizada às 17h16