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Sinal amarelo para 6,6 bilhões de pessoas

Aos 6,6 bilhões de habitantes da Terra não sobra escolha a não ser encarar um fato: todos dividem o mesmo destino em um planeta superpovoado.

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h37.

A atual idéia de nações em constante disputa por mercados e recursos terá de ficar para trás. Em seu lugar, deverá emergir uma cooperação internacional. Para Jeffrey Sachs, consultor especial das Nações Unidas para as Metas de Desenvolvimento do Milênio e um dos economistas mais influentes da atualidade, essa é a única forma de fazer com que toda essa multidão - que deve chegar a 9 bilhões em 2050 - conviva e progrida em conjunto.

Em seu novo livro, CommonWealth - Economics for a Crowded Planet (“Bem comum - economia de um planeta superpovoado”, numa tradução livre), ele argumenta que estabilizar a população global e proteger o meio ambiente são questões importantes demais para ser deixadas ao humor das forças do mercado e da competição geopolítica. “A atual trajetória ecológica, demográfica e econômica do mundo é insustentável”, afirma Sachs.

Ídolo de estrelas socialmente engajadas, como o cantor Bono Vox e a atriz Angelina Jolie, Sachs segue no livro o mesmo raciocínio de sua obra anterior, O Fim da Pobreza. Sua tese é que qualquer país abandonado acaba comprometendo o progresso mundial. A visão de uma união internacional pode parecer utópica, mas Sachs garante que a cooperação global já teve sucesso no passado e ajudou muitos mercados emergentes, como Coréia, China e Índia. O autor apresenta dados que sustentam sua argumentação. O preço de superar os grandes problemas do novo milênio, em suas contas, seria de 2,4% do PIB dos países desenvolvidos. Sachs reconhece também a importância das grandes empresas nesse movimento - e não apenas daquelas com sede na Europa e nos Estados Unidos. "Contribuições financeiras e idéias terão de vir de muitos lugares, incluindo mercados emergentes, como Brasil, China, Índia, África do Sul e Nigéria", diz.

Essa é a única forma, segundo Sachs, de os 60 trilhões de dólares produzidos anualmente em todo o mundo chegarem aos mais isolados rincões e realmente beneficiarem a todos.

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