Exame Logo

Protesto contra Battisti interrompe sessão do Parlamento Europeu

Segundo fontes da Eurocâmara, um grupo de italianos foi cobrar dos eurodeputados justiça no caso do ex-ativista

Battisti, que foi condenado à prisão perpétua na Itália em 1993 por quatro assassinatos, foi libertado este ano no Brasil por decisão do STF (Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de julho de 2011 às 14h57.

Bruxelas - Um grupo de pessoas interrompeu nesta quarta-feira o debate sobre política externa no plenário da Eurocâmara, reunido em Estrasburg (França), carregando cartazes que pediam "justiça para as vítimas" do ex-ativista italiano Césare Battisti.

O grupo interrompeu durante alguns minutos o debate momentos depois que a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, compareceu perante os deputados para informar-lhes da resposta da Comissão Europeia (órgão executivo da União Europeia - UE) à "Primavera Árabe" e ao estagnado processo de paz no Oriente Médio.

Fontes do Parlamento Europeu que presenciaram a ação na tribuna afirmaram que se tratava aparentemente de um grupo de italianos que foram cobrar dos eurodeputados justiça no caso de Battisti, que o Brasil se nega a extraditar à Itália.

O eurodeputado liberal britânico Edward McMillan-Scott, vice-presidente do Parlamento Europeu, pediu que os cartazes fossem retirados, enquanto alguns legisladores tentavam esclarecer se algum parlamentar estava por trás da ação.

McMillan-Scott assegurou que o gabinete do presidente da Eurocâmara, Jerzy Buzek, investigará o "incidente", que se produz duas semanas depois que o Governo do Brasil autorizou Battisti a permanecer no país.

Battisti, que foi condenado à prisão perpétua na Itália em 1993 por quatro assassinatos, foi libertado este ano no Brasil por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

O italiano, de 55 anos, foi membro do grupo Proletários Armados pelo Comunismo, braço das Brigadas Vermelhas, o grupo armado mais ativo durante a onda de violência política registrada na Itália há quatro décadas.

Battisti, que sempre se declarou inocente, fugiu para a França e, em 1993, foi condenado à revelia pela Justiça italiana.

Em 2004, quando a França se dispôs a revogar sua condição de refugiado político, ele viajou ao Brasil, onde permaneceu escondido durante três anos.

Battisti foi detido em março de 2007 no Rio de Janeiro em uma operação conjunta entre Brasil, Itália e França e as autoridades italianas pediram sua extradição.

A recusa do Brasil em extraditar Battisti provocou protestos na Itália e levou o Governo de Silvio Berlusconi a convocar, inclusive, seu embaixador em Brasília para consultas.

Veja também

Bruxelas - Um grupo de pessoas interrompeu nesta quarta-feira o debate sobre política externa no plenário da Eurocâmara, reunido em Estrasburg (França), carregando cartazes que pediam "justiça para as vítimas" do ex-ativista italiano Césare Battisti.

O grupo interrompeu durante alguns minutos o debate momentos depois que a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, compareceu perante os deputados para informar-lhes da resposta da Comissão Europeia (órgão executivo da União Europeia - UE) à "Primavera Árabe" e ao estagnado processo de paz no Oriente Médio.

Fontes do Parlamento Europeu que presenciaram a ação na tribuna afirmaram que se tratava aparentemente de um grupo de italianos que foram cobrar dos eurodeputados justiça no caso de Battisti, que o Brasil se nega a extraditar à Itália.

O eurodeputado liberal britânico Edward McMillan-Scott, vice-presidente do Parlamento Europeu, pediu que os cartazes fossem retirados, enquanto alguns legisladores tentavam esclarecer se algum parlamentar estava por trás da ação.

McMillan-Scott assegurou que o gabinete do presidente da Eurocâmara, Jerzy Buzek, investigará o "incidente", que se produz duas semanas depois que o Governo do Brasil autorizou Battisti a permanecer no país.

Battisti, que foi condenado à prisão perpétua na Itália em 1993 por quatro assassinatos, foi libertado este ano no Brasil por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

O italiano, de 55 anos, foi membro do grupo Proletários Armados pelo Comunismo, braço das Brigadas Vermelhas, o grupo armado mais ativo durante a onda de violência política registrada na Itália há quatro décadas.

Battisti, que sempre se declarou inocente, fugiu para a França e, em 1993, foi condenado à revelia pela Justiça italiana.

Em 2004, quando a França se dispôs a revogar sua condição de refugiado político, ele viajou ao Brasil, onde permaneceu escondido durante três anos.

Battisti foi detido em março de 2007 no Rio de Janeiro em uma operação conjunta entre Brasil, Itália e França e as autoridades italianas pediram sua extradição.

A recusa do Brasil em extraditar Battisti provocou protestos na Itália e levou o Governo de Silvio Berlusconi a convocar, inclusive, seu embaixador em Brasília para consultas.

Acompanhe tudo sobre:EuropaItáliaJustiçaPaíses ricosPiigsPolíticaPolítica no BrasilProtestos

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame