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Sequestrador exibe bandeira islâmica em café de Sydney

Seis horas depois do início da tomada de reféns, cinco pessoas - três homens e duas mulheres - conseguiram sair do café em dois momentos diferentes

Governo disse que ainda não sabe que é a motivação do sequestrador, mas que a bandeira é um sinal de que pode ser um ato terrorista (Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de dezembro de 2014 às 11h34.

Sydney - Um homem armado, aparentemente sozinho, sequestrou nesta segunda-feira várias pessoas em um café de Sydney, onde exibiu uma bandeira usada por grupos jihadistas. Não há notícias de feridos.

Seis horas depois do início da tomada de reféns, cinco pessoas - três homens e duas mulheres - conseguiram sair do café em dois momentos diferentes, informou a polícia australiana.

Entre os cinco reféns que conseguiram fugir, está a camareira Elly Chen e um funcionário da empresa indiana de informática Infosys, segundo a imprensa.

Dezenas de policiais cercam o Lindt Chocolat Café, um estabelecimento situado na Martin Place - uma praça central do bairro financeiro da capital -, onde também há vários prédios oficiais.

As imagens de televisão mostram nas janelas do café uma bandeira negra com a inscrição em árabe "Não existe outro Deus a não ser Alá, Maomé é o mensageiro de Alá".

"É chocante para todo o mundo", declarou Goldie Jamshidi, que trabalha numa das lojas do bairro.

O governo disse que ainda não sabe que é a motivação do sequestrador, mas que a bandeira é um sinal de que pode ser um ato terrorista.

Depois do início do sequestro, mais de 40 grupos muçulmanos australianos condenaram a ação.

"Nós rejeitamos qualquer tentativa de tirar vidas de seres humanos inocentes ou de levar medo e terror a seus corações", afirmam em um comunicado, no qual chamam o sequestro de "ato desprezível".

Os grupos muçulmanos indicaram que a inscrição na bandeira negra "não representa um posicionamento político, e sim reafirma o testemunho da fé do qual se apropriaram de maneira indevida indivíduos desorientados que não representam ninguém, exceto a si mesmos".

"Este ato desprezível serve apenas para as agendas daqueles que buscam destruir a boa vontade do povo da Austrália e para prejudicar e ridiculizar a religião do Islã e os muçulmanos australianos", completa a nota.

"Nossos pensamentos estão com os reféns e seus entes queridos".

Líderes religiosos pediram nesta segunda-feira aos fiéis que se unam e rezem por uma solução pacífica.

A Austrália está em estado de alerta nas últimas semanas pelo temor do governo de que alguns de seus cidadãos que lutam junto aos jihadistas no Iraque e na Síria possam cometer ataques em sua volta ao país.

O primeiro-ministro Tony Abbott convocou uma reunião de segurança e chamou os fatos de preocupantes, e pediu também que os cidadãos mantenham a calma.

Segundo a Casa Branca, o presidente Barack Obama foi informado e acompanha a situação.

Catherine Burn, adjunta do chefe de polícia da Nova Gales do Sul, informou que as autoridades estão em contato com o sequestrador.

"Não temos informações de que haja feridos no local dos fatos", acrescentou.

Ópera de Sydney fechada

A imprensa local informou que o sequestrador teria feito várias exigências, mas estas afirmações foram retiradas da mídia depois que a polícia pediu que não fossem publicadas.

Uma dessas reivindicações seria falar com o primeiro-ministro australiano.

No início da situação, também circularam rumores de que um pacote havia sido localizado pelas autoridades, mas a informação não foi confirmada.

O jornalista Chris Kenny, que estava no café um pouco antes da ação, disse ao jornal The Australian, onde trabalha, que tinha ouvido o sequestrador falar "mãos ao alto" para uma mulher que acabava de entrar no estabelecimento.

O Martin Place, bairro onde está localizado o café, é um centro financeiro e abriga vários prédios públicos, como o Parlamento de Nova Gales do Sul e o Banco Central, além sedes diplomáticas, como a embaixada dos Estados Unidos.

Depois do início do sequestro, a Ópera de Sydney e vários comércio fecharam suas portas por motivos de segurança.

O incidente coincide com a prisão de um homem de 25 anos em Sydney que, segundo as autoridades, pode fazer parte de um plano para cometer atentados em território australiano.

Sua prisão faz parte das investigações em andamento para planejar "um ataque terrorista em solo australiano e para facilitar a viagem de cidadãos australianos à Síria para participar da luta armada".

Por ora, não se sabe se a prisão e a situação no café estão relacionadas.

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Seis horas depois do início da tomada de reféns, cinco pessoas - três homens e duas mulheres - conseguiram sair do café em dois momentos diferentes, informou a polícia australiana.

Entre os cinco reféns que conseguiram fugir, está a camareira Elly Chen e um funcionário da empresa indiana de informática Infosys, segundo a imprensa.

Dezenas de policiais cercam o Lindt Chocolat Café, um estabelecimento situado na Martin Place - uma praça central do bairro financeiro da capital -, onde também há vários prédios oficiais.

As imagens de televisão mostram nas janelas do café uma bandeira negra com a inscrição em árabe "Não existe outro Deus a não ser Alá, Maomé é o mensageiro de Alá".

"É chocante para todo o mundo", declarou Goldie Jamshidi, que trabalha numa das lojas do bairro.

O governo disse que ainda não sabe que é a motivação do sequestrador, mas que a bandeira é um sinal de que pode ser um ato terrorista.

Depois do início do sequestro, mais de 40 grupos muçulmanos australianos condenaram a ação.

"Nós rejeitamos qualquer tentativa de tirar vidas de seres humanos inocentes ou de levar medo e terror a seus corações", afirmam em um comunicado, no qual chamam o sequestro de "ato desprezível".

Os grupos muçulmanos indicaram que a inscrição na bandeira negra "não representa um posicionamento político, e sim reafirma o testemunho da fé do qual se apropriaram de maneira indevida indivíduos desorientados que não representam ninguém, exceto a si mesmos".

"Este ato desprezível serve apenas para as agendas daqueles que buscam destruir a boa vontade do povo da Austrália e para prejudicar e ridiculizar a religião do Islã e os muçulmanos australianos", completa a nota.

"Nossos pensamentos estão com os reféns e seus entes queridos".

Líderes religiosos pediram nesta segunda-feira aos fiéis que se unam e rezem por uma solução pacífica.

A Austrália está em estado de alerta nas últimas semanas pelo temor do governo de que alguns de seus cidadãos que lutam junto aos jihadistas no Iraque e na Síria possam cometer ataques em sua volta ao país.

O primeiro-ministro Tony Abbott convocou uma reunião de segurança e chamou os fatos de preocupantes, e pediu também que os cidadãos mantenham a calma.

Segundo a Casa Branca, o presidente Barack Obama foi informado e acompanha a situação.

Catherine Burn, adjunta do chefe de polícia da Nova Gales do Sul, informou que as autoridades estão em contato com o sequestrador.

"Não temos informações de que haja feridos no local dos fatos", acrescentou.

Ópera de Sydney fechada

A imprensa local informou que o sequestrador teria feito várias exigências, mas estas afirmações foram retiradas da mídia depois que a polícia pediu que não fossem publicadas.

Uma dessas reivindicações seria falar com o primeiro-ministro australiano.

No início da situação, também circularam rumores de que um pacote havia sido localizado pelas autoridades, mas a informação não foi confirmada.

O jornalista Chris Kenny, que estava no café um pouco antes da ação, disse ao jornal The Australian, onde trabalha, que tinha ouvido o sequestrador falar "mãos ao alto" para uma mulher que acabava de entrar no estabelecimento.

O Martin Place, bairro onde está localizado o café, é um centro financeiro e abriga vários prédios públicos, como o Parlamento de Nova Gales do Sul e o Banco Central, além sedes diplomáticas, como a embaixada dos Estados Unidos.

Depois do início do sequestro, a Ópera de Sydney e vários comércio fecharam suas portas por motivos de segurança.

O incidente coincide com a prisão de um homem de 25 anos em Sydney que, segundo as autoridades, pode fazer parte de um plano para cometer atentados em território australiano.

Sua prisão faz parte das investigações em andamento para planejar "um ataque terrorista em solo australiano e para facilitar a viagem de cidadãos australianos à Síria para participar da luta armada".

Por ora, não se sabe se a prisão e a situação no café estão relacionadas.

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