Policial dispara contra manifestantes durante protesto contra o governo venezuelano: projeto inclui US$ 15 milhões em ajudas a grupos civis (AFP)
Da Redação
Publicado em 14 de março de 2014 às 10h01.
Senadores americanos apresentaram nesta quinta-feira um projeto de lei que prevê sanções a autoridades venezuelanas envolvidas em violações dos direitos humanos durante os recentes protestos no país e inclui US$ 15 milhões em ajudas a grupos civis.
A legislação para a Defesa dos Direitos Humanos e Sociedade Civil da Venezuela pede ao presidente Barack Obama que ordene o bloqueio de ativos e negue a concessão de vistos a funcionários venezuelanos acusados de violência contra manifestantes.
Além disso, destina US$ 15 milhões do orçamento 2014 para apoiar organizações democráticas e de direitos humanos, veículos de comunicação e o acesso à Internet, assim como ativistas, jornalistas e manifestantes perseguidos na Venezuela.
"Dada a impunidade indecente na Venezuela, não ficaremos de braços cruzados frente às violações dos direitos humanos", disse o presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, o democrata Robert Menéndez, principal promotor do texto.
Segundo Menéndez, a legislação "serve como uma forte advertência aos membros do governo, às forças de segurança venezuelanas e a grupos civis armados envolvidos na violência".
"Os Estados Unidos não toleram esse tipo de conduta e, em consequência, responderão para ajudar a fortalecer a sociedade civil venezuelana, enquanto se aplicam sanções específicas contra os indivíduos responsáveis, completou.
O projeto, patrocinado por três senadores democratas e dois republicanos, deveria ser discutido em duas semanas no Comissão de Relações Exteriores do Senado. Uma resolução similar já avançou, de forma separada, no plenário da Câmara, e condena Caracas por sua repressão contra manifestantes.
"É o momento de estar com o povo venezuelano e de aumentar a pressão no regime de Maduro", afirmou o senador republicano Marco Rubio.
A situação na Venezuela também provocou reações do Executivo e, nesta quinta, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, pediu a Maduro que pare a "campanha de terror" contra os venezuelanos.