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Senador completa um ano asilado em embaixada brasileira

O legislador opositor entrou na embaixada do Brasil no dia 28 de maio do ano passado, denunciando perseguição política

Senador Roger Pinto: representante do departamento amazônico de Pando (norte), na fronteira com o Brasil, afirmou que Roger "está começando a sofrer de icterícia, por não estar em contato com o sol". (©afp.com / null)
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Da Redação

Publicado em 28 de maio de 2013 às 15h51.

La Paz - O senador opositor Róger Pinto completava nesta terça-feira um ano asilado na embaixada do Brasil na Bolívia , à espera de que o governo de Evo Morales lhe conceda um salvo-conduto, embora o Executivo tenha antecipado que não o fornecerá, informou um legislador.

"O senador Pinto já está há um ano na embaixada, sua saúde está se deteriorando, porque está em um quarto de 3 por 4 (metros), e por isso vamos fazer uma vigília na porta da embaixada como protesto", informou à AFP o deputado direitista Tomás Monasterios.

Na vigília são esperados discursos de seus familiares e de políticos aliados.

O legislador opositor entrou na embaixada do Brasil no dia 28 de maio do ano passado, denunciando perseguição política. Brasília concedeu asilo a ele, mas o governo boliviano lhe negou o salvo-conduto, com o argumento de que tem processos pendentes na justiça.

De acordo com os regulamentos, qualquer fiscal de turno poderia conceder a ele um salvo-conduto, mas a Chancelaria boliviana antecipou que quem o fizer correrá o risco de sofrer um processo, já que o asilo não corresponderia a este caso.

"Estamos há um ano diante da arbitrariedade do governo (de Morales), que viola o direito internacional do asilo, estamos diante de uma teimosia oficial", indicou o legislador, que acrescentou: "Queremos um veículo diplomático para levar o senador Pinto até a fronteira".

Monasterios afirmou que Róger Pinto, de 51 anos, representante do departamento amazônico de Pando (norte), na fronteira com o Brasil, "está começando a sofrer de icterícia, por não estar em contato com o sol".


"Foi reduzido o acesso de seus familiares, das visitas", ao senador opositor, protestou Monasterios.

A ministra da Comunicação, Amanda Dávila, disse na véspera à agência governamental de notícias ABI que "a situação de Pinto está nas mãos da justiça" boliviana, razão pela qual seu governo não dará o salvo-conduto solicitado.

Pinto fez várias denúncias de corrupção contra o governo do presidente Evo Morales, razão pela qual foi processado pelo governo - segundo ele - mais de vinte vezes, a maioria delas por desacato.

O caso Pinto está na agenda bilateral entre Bolívia e Brasil, já que o governo de Dilma Rousseff deseja resolver o tema, junto com a situação de 12 torcedores do Corinthians detidos desde o fim de fevereiro em uma prisão boliviana, pela morte de um jovem torcedor durante uma partida da Taça Libertadores.

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"O senador Pinto já está há um ano na embaixada, sua saúde está se deteriorando, porque está em um quarto de 3 por 4 (metros), e por isso vamos fazer uma vigília na porta da embaixada como protesto", informou à AFP o deputado direitista Tomás Monasterios.

Na vigília são esperados discursos de seus familiares e de políticos aliados.

O legislador opositor entrou na embaixada do Brasil no dia 28 de maio do ano passado, denunciando perseguição política. Brasília concedeu asilo a ele, mas o governo boliviano lhe negou o salvo-conduto, com o argumento de que tem processos pendentes na justiça.

De acordo com os regulamentos, qualquer fiscal de turno poderia conceder a ele um salvo-conduto, mas a Chancelaria boliviana antecipou que quem o fizer correrá o risco de sofrer um processo, já que o asilo não corresponderia a este caso.

"Estamos há um ano diante da arbitrariedade do governo (de Morales), que viola o direito internacional do asilo, estamos diante de uma teimosia oficial", indicou o legislador, que acrescentou: "Queremos um veículo diplomático para levar o senador Pinto até a fronteira".

Monasterios afirmou que Róger Pinto, de 51 anos, representante do departamento amazônico de Pando (norte), na fronteira com o Brasil, "está começando a sofrer de icterícia, por não estar em contato com o sol".


"Foi reduzido o acesso de seus familiares, das visitas", ao senador opositor, protestou Monasterios.

A ministra da Comunicação, Amanda Dávila, disse na véspera à agência governamental de notícias ABI que "a situação de Pinto está nas mãos da justiça" boliviana, razão pela qual seu governo não dará o salvo-conduto solicitado.

Pinto fez várias denúncias de corrupção contra o governo do presidente Evo Morales, razão pela qual foi processado pelo governo - segundo ele - mais de vinte vezes, a maioria delas por desacato.

O caso Pinto está na agenda bilateral entre Bolívia e Brasil, já que o governo de Dilma Rousseff deseja resolver o tema, junto com a situação de 12 torcedores do Corinthians detidos desde o fim de fevereiro em uma prisão boliviana, pela morte de um jovem torcedor durante uma partida da Taça Libertadores.

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