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Sem pagamentos, hospitais de Israel não admitirão feridos sírios

O titular de Saúde, afirmou que o Ministério da Defesa não está efetuando os pagamentos como consta no acordo de assistência

Israel: sem pagamentos, hospitais não receberão mais feridos sírios (Thomas Coex/AFP/AFP)
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EFE

Publicado em 26 de fevereiro de 2017 às 15h09.

Jerusalém - O Ministério da Saúde de Israel advertiu neste domingo que deixará de tratar feridos sírios em seus hospitais a partir da próxima semana se o Estado israelense não pagar os custos gerados por esses tratamentos.

O titular de Saúde, Yaakov Litzman, lamentou que o Ministério da Defesa, cujo pessoal militar se encarrega de atender os feridos que cruzam a divisa com o país vizinho, não esteja efetuando os pagamentos como consta no acordo de assistência.

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"O hospital de Nahariya suporta a carga do tratamento humanitário dos feridos na luta. Foram feitos acordos relativos à forma de pagamento do Ministério da Defesa pelos serviços prestados, mas infelizmente a disposição não está sendo cumprida na prática e os custos não são abonados", denunciou o ministro em um comunicado.

Litzman avisou que "se o assunto não for resolvido", os refugiados sírios deixarão de ser admitidos nos centros: "Não continuaremos com uma situação que afeta os cidadãos que necessitam dos serviços de saúde do Estado", declarou na nota sobre a falta de pagamento.

Nos últimos anos, Israel prestou atendimento a centenas de civis e rebeldes sírios que entraram em seu território e que, depois do tratamento, são devolvidos à Síria.

O ministro da Saúde assegura que o Estado não realizou os pagamentos que deveria para arcar com os custos desses tratamentos.

A diretora da Divisão de Centros Médicos governamentais, Orly Weinstein, enviou hoje uma carta ao escritório do primeiro-ministro com uma data para o início da medida, acrescentou o site de notícias "Ynet".

"Tenho a intenção de notificar às autoridades de Defesa que, a partir do dia 5 de maio de 2017 e até que este problema seja resolvido, os refugiados sírios já não serão mais transferidos para hospitais públicos a menos que seja um paciente cuja vida esteja em perigo", diz a carta assinada por Weinstein.

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