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Sem munição e disparo de R$ 60: como laser 'Fogo do Dragão' pode revolucionar campo de batalha

Nova tecnologia britânica é capaz de atingir uma moeda a 800 metros de distância e deve ser usada para afundar barcos e até destruir mísseis hipersônicos

O armamento não requer munição e pode ser acionado ao custo aproximado de £ 10 por disparo (Ministério da Defesa do Reino Unido/Divulgação)
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 14 de março de 2024 às 09h20.

Chefes militares acreditam que o disparo de alta potência da arma laser Dragonfire — ou Fogo de Dragão, em português — pode revolucionar o campo de batalha. A expectativa é que a nova tecnologia possa ser usada para afundar barcos e danificar navios de guerra, derrubar aviões militares e até destruir mísseis hipersônicos, rápidos a ponto de viajar de Moscou a Londres em nove minutos.

O armamento não requer munição e pode ser acionado ao custo aproximado de £ 10 (equivalente a R$ 63, na cotação atual), por disparo.

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A arma que também pode explodir mísseis nucleares hipersônicos foi revelada ao público recentemente. Nestes treinamentos realizados pelo Exército de Defesa, o laser provou ser tão preciso que poderia atingir uma moeda de uma libra a 800 metros de distância.

Primeiro testes

Imagens do pelo governo britânico mostraram o primeiro disparo do armamento. O tiro destruiu um drone no céu usando o raio mortal do sistema, realizado durante um teste secreto nas ilhas Hébridas, arquipélago escocês.

Seu alcance total permanece sendo uma informação sigilosa, mas o feixe invisível de 50kW pode atingir qualquer alvo visível, segundo o governo britânico.

Veja vídeo com mais detalhes do armamento:

O Ministério da Defesa da Grã-Bretanha (MOD) declarou que “DragonFire é um laser militar avançado, sendo desenvolvido pela indústria Dstl e GB. A arma de energia direcionada a laser atinge alvos na velocidade da luz, usando um intenso feixe de energia para cortar objetos, levando à falha estrutural”.

Construção e uso

Construído por cientistas no Reino Unido, o sistema de armas é uma colaboração de 100 milhões de libras (R$ 637 milhões) entre o Laboratório de Ciência e Tecnologia de Defesa (Dstl) do governo e parceiros da indústria como Leonardo e Qinetiq.

Embora os testes tenham sido considerados um sucesso, ainda não se sabe quando o DragonFire poderá entrar em serviço.

Devido à energia necessária para alimentá-lo, espera-se que seja instalado em navios de guerra da Marinha Real ou que seja utilizado como plataforma permanente de defesa aérea em terra. No entanto, há o desejo de que seja instalado em veículos blindados do Exército Britânico.

Em um comunicado de janeiro, o MOD disse: “DragonFire explora a tecnologia do Reino Unido para ser capaz de fornecer um laser de alta potência em longos alcances. A precisão necessária é equivalente a acertar uma moeda de £ 1 a um quilômetro de distância”.

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