Seita de jejum no Quênia: o que se sabe sobre as mais de 400 mortes
As autoridades do Quênia esperam que o número de mortos aumente. As buscas pelas valas comuns foram ampliadas na região do litoral queniano
Redação Exame
Publicado em 17 de julho de 2023 às 17h43.
Última atualização em 18 de julho de 2023 às 08h54.
As autoridades do Quênia descobriram nesta segunda-feira, 17, mais 12 corpos de pessoas que morreram de fome após jejuarem para "conhecer Jesus" .
Até o momento, a polícia local encontrou 403 mortos em consequência das práticas de uma seita religiosa estimulava seus seguidores a passar fome. As autoridades do Quênia esperam que o número de mortos aumente. As buscas pelas valas comuns foram ampliadas na região do litoral queniano.
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A história ficou conhecida como o"massacre de Shakahola", nome da floresta do Quênia onde os corpos foram encontrados.Em abril, membros da Igreja Internacional das Boas Novas (Good News International Church), liderada por Makenzie Nthenge, foram identificadas como as primeiras vítimas.
Alguns se esconderam seguidores e outros se recusaram a comer por acreditar que iriam ter uma salvação religiosa.Na época, a floresta, de mais de 300 hectares, foi isolada e declarada como a cena de um crime. Desde então, o país atua para impedir a atuação de movimentos religiosos nebulosos.
No mês passado, a Justiça do Quênia abriu um processo por "tentativa de suicídio" contra 65 seguidores de Nthenge que se recusaram a comer após serem retirados da floresta.
Quem é o líder da Seita de jejum no Queênia?
Makenzie Nthenge, um ex-motorista de taxi, é líder da Igreja Internacional das Boas Novas (Good News International Church). Ele já foi preso por convencer crianças a não frequentar a escola com a alegação de que a educação não era reconhecida pela Bíblia. Na época, ele foi acusado de "radicalização" e de administrar uma escola não registrada.
Nthenge se entregou à polícia e está detido desde 14 de abril. Entre outros crimes, a justiça do Quênia acusado o líder da seita de terrorismo. Outras 16 pessoas são acusadas de vigiar fiéis para que ninguém acabasse com o jejum ou fugisse da floresta.
Com informações da AFP.