Seis imigrantes morrem ao tentar chegar à costa italiana
Outros cem imigrantes clandestinos foram resgatados neste sábado quando tentavam chegar a uma praia de Catânia
Da Redação
Publicado em 10 de agosto de 2013 às 14h34.
Roma - Ao menos seis imigrantes morreram e mais de cem foram resgatados neste sábado quando tentavam chegar em plena noite a uma praia de Catânia, na ilha italiana da Sicília, indicou à AFP um funcionário da capitania que disse que provavelmente são provenientes de Síria e Egito.
O procurador da Catânia, Giovanni Salvi, abriu um processo por incitação à imigração clandestina e homicídio múltiplo.
"A embarcação encalhou em um banco de areia, os imigrantes acreditaram que alcançavam o fundo, então saíram do barco, mas se afogaram, já que, de maneira imprevista, o local se torna fundo", explicou o procurador à imprensa.
A capitania da Catânia foi alertada "pouco depois das 05h30 locais (00h30 de Brasília) de que uma embarcação havia encalhado em frente a um balneário" em uma praia de Catânia, explicou à AFP o comandante Roberto D'Arrigo, porta-voz da capitania do porto da grande cidade siciliana.
A embarcação, um barco pesqueiro de 18 metros de comprimento, encalhou a 15 metros da costa. "A maioria dos imigrantes se lançou à água" ao ver o litoral, acrescentou o comandante.
Os corpos de dois imigrantes foram encontrados na praia, enquanto os "restos de outras quatro pessoas foram retirados da água pelos bombeiros", perto do barco, segundo este porta-voz.
Um menino de três anos, em estado de desidratação, e uma mulher grávida foram hospitalizados como medida de precaução.
Até o momento não se sabe de onde a embarcação partiu, mas a viagem teria durado uma semana.
O comandante D'Arrigo também indicou que os passageiros eram todos "jovens adultos" e que "entre as vítimas figura um jovem de 15 ou 16 anos".
"Quando chegamos, um grande número de pessoas já estava na praia", explicou D'Arrigo, referindo-se a um total de "91 imigrantes, sírios e egípcios (...) que estão atualmente no porto para serem identificados".
No entanto, fontes policiais falaram sobre ao menos 120 pessoas na embarcação.
Dario Monteforte, dono do estabelecimento Lido Verde que alertou as autoridades, declarou ao canal Sky TG24 ter visto "uma multidão de jovens na praia correndo em direção à estrada".
Monteforte, visivelmente abalado, decidiu fechar sua loja no fim de semana. "Temos que fazer algo, é uma tragédia sem fim", declarou.
Maria Guia Federico, prefeita de Catânia, disse estar "profundamente abalada pela tragédia, especialmente levando-se em conta a idade das vítimas e o fato de terem morrido tão perto da margem".
Já a ministra da Integração, Cécile Kyenge, declarou que é "preciso pressionar a Europa para que sejam implementadas políticas verdadeiras que permitam que nosso país não tenha que enfrentar sozinho estas situações dramáticas".
Segundo o comandante D'Arrigo, o desembarque de imigrantes em uma praia da Catânia é "completamente incomum" porque normalmente chegam mais ao sul da Sicília, na região de Siracusa, ou na ilha de Lampedusa.
Por sua vez, outros 57 imigrantes, em sua maioria sírios, entre eles 24 mulheres e 26 menores, foram resgatados neste sábado pela guarda-costeira de Siracusa, que os retirou de uma embarcação à deriva.
Segundo números da ONU, mais de 100.000 pessoas morreram na Síria desde março de 2011, quando teve início uma revolta contra o regime do presidente Bashar al-Assad que se converteu progressivamente em uma guerra civil.
Roma - Ao menos seis imigrantes morreram e mais de cem foram resgatados neste sábado quando tentavam chegar em plena noite a uma praia de Catânia, na ilha italiana da Sicília, indicou à AFP um funcionário da capitania que disse que provavelmente são provenientes de Síria e Egito.
O procurador da Catânia, Giovanni Salvi, abriu um processo por incitação à imigração clandestina e homicídio múltiplo.
"A embarcação encalhou em um banco de areia, os imigrantes acreditaram que alcançavam o fundo, então saíram do barco, mas se afogaram, já que, de maneira imprevista, o local se torna fundo", explicou o procurador à imprensa.
A capitania da Catânia foi alertada "pouco depois das 05h30 locais (00h30 de Brasília) de que uma embarcação havia encalhado em frente a um balneário" em uma praia de Catânia, explicou à AFP o comandante Roberto D'Arrigo, porta-voz da capitania do porto da grande cidade siciliana.
A embarcação, um barco pesqueiro de 18 metros de comprimento, encalhou a 15 metros da costa. "A maioria dos imigrantes se lançou à água" ao ver o litoral, acrescentou o comandante.
Os corpos de dois imigrantes foram encontrados na praia, enquanto os "restos de outras quatro pessoas foram retirados da água pelos bombeiros", perto do barco, segundo este porta-voz.
Um menino de três anos, em estado de desidratação, e uma mulher grávida foram hospitalizados como medida de precaução.
Até o momento não se sabe de onde a embarcação partiu, mas a viagem teria durado uma semana.
O comandante D'Arrigo também indicou que os passageiros eram todos "jovens adultos" e que "entre as vítimas figura um jovem de 15 ou 16 anos".
"Quando chegamos, um grande número de pessoas já estava na praia", explicou D'Arrigo, referindo-se a um total de "91 imigrantes, sírios e egípcios (...) que estão atualmente no porto para serem identificados".
No entanto, fontes policiais falaram sobre ao menos 120 pessoas na embarcação.
Dario Monteforte, dono do estabelecimento Lido Verde que alertou as autoridades, declarou ao canal Sky TG24 ter visto "uma multidão de jovens na praia correndo em direção à estrada".
Monteforte, visivelmente abalado, decidiu fechar sua loja no fim de semana. "Temos que fazer algo, é uma tragédia sem fim", declarou.
Maria Guia Federico, prefeita de Catânia, disse estar "profundamente abalada pela tragédia, especialmente levando-se em conta a idade das vítimas e o fato de terem morrido tão perto da margem".
Já a ministra da Integração, Cécile Kyenge, declarou que é "preciso pressionar a Europa para que sejam implementadas políticas verdadeiras que permitam que nosso país não tenha que enfrentar sozinho estas situações dramáticas".
Segundo o comandante D'Arrigo, o desembarque de imigrantes em uma praia da Catânia é "completamente incomum" porque normalmente chegam mais ao sul da Sicília, na região de Siracusa, ou na ilha de Lampedusa.
Por sua vez, outros 57 imigrantes, em sua maioria sírios, entre eles 24 mulheres e 26 menores, foram resgatados neste sábado pela guarda-costeira de Siracusa, que os retirou de uma embarcação à deriva.
Segundo números da ONU, mais de 100.000 pessoas morreram na Síria desde março de 2011, quando teve início uma revolta contra o regime do presidente Bashar al-Assad que se converteu progressivamente em uma guerra civil.