Seguidores de Trump atribuem seus tropeços à mídia
Para os simpatizantes do candidato, essa é uma situação de "todos contra um" e os números nas pesquisas não os preocupam
Da Redação
Publicado em 20 de agosto de 2016 às 14h40.
Problemas? Que problemas? Os simpatizantes de Donald Trump desconsideram as pesquisas de opinião que revelam um declínio na campanha do candidato republicano à Casa Branca e culpam a mídia, pesquisadores e o establishment de prejudicar o rebelde magnata.
Para os que apoiam Trump, essa situação é o melhor exemplo de "todos contra um".
Desde o fim de julho, Trump aparece atrás nas pequisas, segundo o site Real Clear Politics que continuamente realiza essas sondagens. A democrata Hillary Clinton tem uma média de seis pontos de vantagem, uma boa margem a menos de três meses das eleições de 8 de novembro.
Mas esses números não preocupam os seguidores do milionário.
"Realmente não acredito neles, porque todos com que eu conversei disseram que votariam no Trump", fala à AFP Peggy Overman em um centro de convenções em Charlotte, Carolina do Norte, onde Trump fez sua primeira aparição pública desde que mudou sua equipe de campanha.
Overman opina que muitos eleitores escondem seu apoio a Trump nas pesquisas para evitar "zombarias, ser considerado ignorante ou racista".
Mesmo que Trump tenha liderado com folga durantes as primárias republicanas, seus simpatizantes agora acreditam que essas pesquisas estejam sendo manipuladas para aumentar as oportunidades de Hillary.
"A única coisa que me ocorre é que não estão dizendo a verdade sobre isso", disse Cheryl Hughes, uma funcionária autônoma de 55 anos. "Veja o tamanho das multidões", acrescenta para ilustrar sua opinião.
"Se você for aos comícios da Hillary Clinton, tem cerca de 60 pessoas, e depois você vem pra cá e tem milhares de pessoas, simplesmente (os resultados das pesquisas) não fazem sentido", disse a mulher.
O establishment
O establishment republicano e os líderes do partido que resistem em apoiar Trump também não responsáveis, opina Michael Scholz, de 36 anos, gerente de vendas de uma emissora.
Mas o autêntico alvo do desprezo dos seguidores de Trump é a grande mídia.
Apesar de aceitarem que seu candidato tenha cometido alguns deslizes, sentem que os meios de comunicação transformam esses incidentes em polêmicas.
As notícias "só pegam uma parte, são cortadas" para ficar com os elementos mais controversos, critica Hughes.
Ela se informa em emissoras como Fox News, sites conservadores e páginas do Facebook onde o nome de Hillary comumente é seguido por um adjetivo como "mentirosa" ou "desonesta".
"Mesmo que algumas vezes ele não seja politicamente correto, ele tem boas ideias", afirma Dan Wallace, 62 anos, um dos fãs do magnata, que acrescenta que a arena política "é nova" para Trump, "mas que ele é suficientemente inteligente para saber que precisa tomar certas posturas".
Muitos admiram o milionário de 70 anos por sua incorreção política, apesar de alguns admitirem que gostariam de vê-lo baixando o tom de seus comentários.
"Só queria que algumas vezes ele ficasse à margem das bobagens e realmente se dedicasse a suas políticas, que são muito boas", expressa Mark Gonzales, 40 anos, dono de uma empresa de jardinagem.
A ideia de uma briga desigual contra o sistema esteve no coração da mensagem de Trump durante o comício de quinta-feira à noite.
"Os meios de comunicação do establishment irão tirar minhas palavras de contexto e passarão uma semana obcecados com cada sílaba e depois tentarão descobrir algum significado secreto no que eu disse", afirmou Trump em Charlotte.
"Cada história é contada a partir da perspectiva dos de dentro (do sistema)", acrescentou. "É a narrativa daqueles que manipulam o sistema, nunca a voz dos que são manipulados".
Gonzales viu seu desejo realizado em Charlotte, pois Trump leu seu discurso em um teleprompter e se apegou ao roteiro, inclusive afirmando seu arrependimento por ter feito comentários ferinos.
O candidato republicano mostrou um enfoque mais disciplinado, mas só o tempo dirá se tem algum efeitos nas pesquisas.
Problemas? Que problemas? Os simpatizantes de Donald Trump desconsideram as pesquisas de opinião que revelam um declínio na campanha do candidato republicano à Casa Branca e culpam a mídia, pesquisadores e o establishment de prejudicar o rebelde magnata.
Para os que apoiam Trump, essa situação é o melhor exemplo de "todos contra um".
Desde o fim de julho, Trump aparece atrás nas pequisas, segundo o site Real Clear Politics que continuamente realiza essas sondagens. A democrata Hillary Clinton tem uma média de seis pontos de vantagem, uma boa margem a menos de três meses das eleições de 8 de novembro.
Mas esses números não preocupam os seguidores do milionário.
"Realmente não acredito neles, porque todos com que eu conversei disseram que votariam no Trump", fala à AFP Peggy Overman em um centro de convenções em Charlotte, Carolina do Norte, onde Trump fez sua primeira aparição pública desde que mudou sua equipe de campanha.
Overman opina que muitos eleitores escondem seu apoio a Trump nas pesquisas para evitar "zombarias, ser considerado ignorante ou racista".
Mesmo que Trump tenha liderado com folga durantes as primárias republicanas, seus simpatizantes agora acreditam que essas pesquisas estejam sendo manipuladas para aumentar as oportunidades de Hillary.
"A única coisa que me ocorre é que não estão dizendo a verdade sobre isso", disse Cheryl Hughes, uma funcionária autônoma de 55 anos. "Veja o tamanho das multidões", acrescenta para ilustrar sua opinião.
"Se você for aos comícios da Hillary Clinton, tem cerca de 60 pessoas, e depois você vem pra cá e tem milhares de pessoas, simplesmente (os resultados das pesquisas) não fazem sentido", disse a mulher.
O establishment
O establishment republicano e os líderes do partido que resistem em apoiar Trump também não responsáveis, opina Michael Scholz, de 36 anos, gerente de vendas de uma emissora.
Mas o autêntico alvo do desprezo dos seguidores de Trump é a grande mídia.
Apesar de aceitarem que seu candidato tenha cometido alguns deslizes, sentem que os meios de comunicação transformam esses incidentes em polêmicas.
As notícias "só pegam uma parte, são cortadas" para ficar com os elementos mais controversos, critica Hughes.
Ela se informa em emissoras como Fox News, sites conservadores e páginas do Facebook onde o nome de Hillary comumente é seguido por um adjetivo como "mentirosa" ou "desonesta".
"Mesmo que algumas vezes ele não seja politicamente correto, ele tem boas ideias", afirma Dan Wallace, 62 anos, um dos fãs do magnata, que acrescenta que a arena política "é nova" para Trump, "mas que ele é suficientemente inteligente para saber que precisa tomar certas posturas".
Muitos admiram o milionário de 70 anos por sua incorreção política, apesar de alguns admitirem que gostariam de vê-lo baixando o tom de seus comentários.
"Só queria que algumas vezes ele ficasse à margem das bobagens e realmente se dedicasse a suas políticas, que são muito boas", expressa Mark Gonzales, 40 anos, dono de uma empresa de jardinagem.
A ideia de uma briga desigual contra o sistema esteve no coração da mensagem de Trump durante o comício de quinta-feira à noite.
"Os meios de comunicação do establishment irão tirar minhas palavras de contexto e passarão uma semana obcecados com cada sílaba e depois tentarão descobrir algum significado secreto no que eu disse", afirmou Trump em Charlotte.
"Cada história é contada a partir da perspectiva dos de dentro (do sistema)", acrescentou. "É a narrativa daqueles que manipulam o sistema, nunca a voz dos que são manipulados".
Gonzales viu seu desejo realizado em Charlotte, pois Trump leu seu discurso em um teleprompter e se apegou ao roteiro, inclusive afirmando seu arrependimento por ter feito comentários ferinos.
O candidato republicano mostrou um enfoque mais disciplinado, mas só o tempo dirá se tem algum efeitos nas pesquisas.