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Seguidores de líder religioso preso protestam em Dacar

Vários manifestantes e policiais saíram feridos dos distúrbios, que obrigaram as forças de segurança a usar gás lacrimogêneo para dispersar os violentos

Dacar: os organizadores do protesto reivindicavam a libertação de seu líder religioso, Cheikh Bethio Thioune, preso desde abril por seu suposto envolvimento em um homicídio (Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de outubro de 2012 às 17h47.

Dacar - Centenas de seguidores de um líder muçulmano preso causaram nesta segunda-feira graves distúrbios em Dacar, em que muitas pessoas ficaram feridas e houve vários danos materiais com ataques contra carros e prédios.

Segundo informou a rádio "RFM", vários manifestantes e policiais sofreram saíram feridos dos distúrbios, que obrigaram as forças de segurança a usar gás lacrimogêneo para dispersar os violentos.

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Os organizadores do protesto reivindicavam a libertação de seu líder religioso, Cheikh Bethio Thioune, preso desde abril por seu suposto envolvimento em um homicídio na cidade de Mbour, a cerca de 80 quilômetros de Dacar.

Os manifestantes pretendiam, a princípio, fazer um protesto perto da prisão de Rebeuss, onde Thioune permanece detido, mas foram expulsos pela Polícia.

Depois, os seguidores de Thioune foram para o Plateau, bairro onde ficam o Palácio Presidencial, a Assembleia Nacional e a sede dos principais grupos bancários, onde provocaram danos em uma centena de veículos, assim como em vários comércios.

Segundo pôde comprovar a Agência Efe, os manifestantes quebraram os vidros de dezenas de automóveis estacionados na Praça da Independência e nas principais ruas que cercam o mercado de Sandaga.


A companhia de transportes públicos Dacar Dem Dikk anunciou a suspensão de seu serviço, pois vários ônibus foram atacados pelos manifestantes.

Em declarações a veículos de comunicação, porta-vozes anônimos dos manifestantes advertiram que manterão a pressão até conseguir a libertação de teu líder.

Cheikh Bethio Thioune, que têm dezenas de milhares de seguidores no Senegal, foi preso após o homicídio de duas pessoas em um enfrentamento entre membros de seu próprio grupo.

As duas vítimas foram transportadas em um dos automóveis de Thioune e enterradas às escondidas pelos autores do crime.

Da mesma forma que seus seguidores, os advogados do líder religioso exigem sua libertação alegando que seu precário estado de saúde faz necessária sua transferência a um hospital de Paris, pedido rejeitado pela procuradoria da República.

Personagem muito polêmico, Thioune foi um dos principais apoios do ex-presidente Abdoulaye Wade durante eleições presidenciais deste ano, das quais Wade saiu derrotado.

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