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Se EI for às Filipinas, presidente irá ignorar direitos humanos

Duterte disse que as Filipinas, a Indonésia e a Malásia estão trabalhando de perto para conter os extremistas estrangeiros.

Duterte: "lembrem-se, esses caras, eles não têm nem ideia do que são direitos humanos, acreditem em mim", disse presidente filipino (Erik De Castro/Reuters)
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Reuters

Publicado em 14 de novembro de 2016 às 10h08.

Manila - O presidente das Filipinas , Rodrigo Duterte, alertou nesta segunda-feira que militantes do Estado Islâmico expulsos da Síria e do Iraque poderiam se instalar em seu país e que, se isso acontecesse, ele abandonaria as obrigações com os direitos humanos para manter seu povo seguro.

Duterte disse que Mindanao, província do sul filipino, já é um reduto de bandidos e de rebelião e que está preocupado com o "terrorismo que assoma" e com um influxo de extremistas que poderiam explorar a insegurança.

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"Uma vez que os terroristas do Oriente Médio forem privados da área de terra, da área imobiliária onde podem dormir... irão perambular para outros lugares e virão aqui e temos que nos preparar para isso", disse Duterte durante discurso em uma agência de aplicação da lei.

"Lembrem-se, esses caras, eles não têm nem ideia do que são direitos humanos, acreditem em mim. Não irei simplesmente permitir que meu povo seja massacrado em nome dos direitos humanos, isso é asneira".

Os direitos humanos têm sido um tema espinhoso para Duterte, que vem dando vazão diariamente à sua fúria contra ativistas e governos ocidentais que têm expressado preocupação com sua guerra às drogas e seu saldo de mortes alto.

Nativo de Mindanao e prefeito da cidade de Davao durante 22 anos, Duterte disse haver uma rebelião islâmica "muito forte" no local e que rebeldes do grupo Abu Sayyaf estão fazendo reféns quase todos os dias.

O Abu Sayyaf está mantendo 21 reféns, a maioria estrangeiros, e, apesar de uma ofensiva militar em curso para eliminá-los, sua pirataria e seus sequestros continuam desenfreados.

Duterte disse que as Filipinas, a Indonésia e a Malásia estão trabalhando de perto para conter os extremistas estrangeiros.

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