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"Se a França deixar o euro, outros também deixarão", diz Le Pen

A candidata insistiu que o euro é uma moeda que "defende os interesses das multinacionais", enquanto ela está "para defender os interesses do povo"

Marine le Pen: com a mudança, segundo ela, efeitos de empobrecimento citados por muitos especialistas não se cumpririam (Robert Pratta/Reuters)
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EFE

Publicado em 13 de março de 2017 às 08h59.

Paris - A candidata da extrema direita na eleição presidencial francesa , Marine le Pen, negou nesta segunda-feira o impacto negativo de uma saída do euro, que ela propõe para a França, e disse que nesse caso outros países também o deixariam e a moeda única desapareceria.

"Se a França restabelecer uma moeda nacional, não será a única", afirmou Le Pen em entrevista à emissora de rádio ""France Info"", na qual se referiu aos casos da Grécia -"que está morrendo"- e da Itália.

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A candidata considerou que "se a França restabelecer a moeda nacional, o euro deixará de existir" e, portanto, os efeitos de empobrecimento citados por muitos especialistas não se cumprirão.

De fato, a presidente da Frente Nacional (FN) carregou contra o que chamou "o concerto dos especialistas, o mesmo que explicava que seria um drama se os britânicos votassem por sair da Europa". Segundo sua opinião, muitos de seus prognósticos "são mentiras absolutas".

Sobretudo, insistiu que o euro é uma moeda que "defende os interesses das multinacionais", enquanto ela está "para defender os interesses do povo".

Le Pen denunciou que os jornalistas "estão hipnotizados" pela figura do candidato liberal Emmanuel Macron, que nas últimas pesquisas surgiu como o favorito das presidenciais, e se queixou que não houve investigações a fundo sobre sua gestão quando era ministro da Economia, e em particular sobre alguns assuntos.

A candidata afirmou que a forma como administrou a venda de Alstom, de Technip e da SFR "coloca muitas questões", entre elas se "defendia interesses particulares".

Perguntada sobre se estava sugerindo que houve comportamentos de corrupção", a líder da extrema direita falou de "amizade".

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