Sarkozy pediu que as religiões sejam respeitadas em todos os países (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 7 de janeiro de 2011 às 11h56.
Paris - O presidente francês, Nicolas Sarkozy, denunciou nesta quinta-feira um "plano particularmente perverso de depuração religiosa no Oriente Médio", após o atentado que na sexta-feira passada resultou na morte de 23 pessoas no Egito e a perseguição de outras comunidades cristãs na região.
"Não podemos tolerar o que cada vez se parece mais com um plano particularmente perverso de depuração religiosa no Oriente Médio", declarou Sarkozy em discurso de ano novo perante as autoridades religiosas da França.
O presidente francês fez referência ao atentado em Alexandria, mas também às bombas lançadas no dia anterior nas casas de cristãos de Bagdá e ao atentado dois meses antes na catedral síria da capital iraquiana.
O presidente pediu que se levassem as ameaças a sério e que se protejam nas celebrações natalinas dessa comunidade.
"Os direitos que estão garantidos em nossa casa a todas as religiões devem ser reciprocamente garantidos em outros países", acrescentou.
O presidente se apresentou como a favor do laicismo do Estado e advertiu que "nenhuma religião pode ocupar o espaço público, embora todas têm direito a um lugar digno para seus fiéis rezarem".