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Santos é investigado preliminarmente no caso Odebrecht

A possível entrada de dinheiro na campanha de Santos, assim como na do seu adversário, está sob investigação do Conselho Nacional Eleitoral

Juan Manuel Santos: a Comissão está estudando todas as informações para determinar se abre uma investigação formal contra o presidente (Henry Romero/Reuters)
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EFE

Publicado em 16 de fevereiro de 2017 às 09h00.

Bogotá - A Comissão de Acusação da Câmara dos Deputados da Colômbia abriu uma investigação preliminar contra o presidente Juan Manuel Santos, pela suposta entrada de dinheiro da construtora Odebrecht em sua campanha para a reeleição em 2014.

Esta informação foi confirmada nesta quarta-feira pelo presidente da Comissão, Nicolás Guerrero, após a denúncia apresentada pelo representante da câmara Álvaro Hernán Prada, do partido opositor Centro Democrático, que pede para investigar o líder colombiano e tudo o que for relacionado com o escândalo da Odebrecht.

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"O representante está solicitando para a Comissão (investigar) se a conduta do presidente Santos, de acordo com os fatos apresentados pela Comissão, pode ser constitutiva ou não de uma falta disciplinar ou um crime", afirmou Guerrero aos jornalistas.

Ele acrescentou que "dentro do quadro estabelecido na Constituição, a Comissão de Acusação mediante uma resolução do dia 10 de fevereiro, começou o estudo e a investigação preliminar foi aberta contra o presidente Juan Manuel Santos".

Guerrero também disse que a denúncia de Prada foi feita "pelos supostos crimes ou infrações administrativas que tenham acontecido por ação ou omissão dos fatos relacionados do financiamento de sua campanha de 2014 pela empresa Odebrecht".

A possível entrada de dinheiro da Odebrecht na campanha de Juan Manuel Santos, assim como na do seu adversário, Óscar Iván Zuluaga, do Centro Democrático, está sob investigação do Conselho Nacional Eleitoral (CNE).

O presidente da Comissão explicou ainda a razão pela abertura da investigação preliminar, levando em conta as revelações feitas na procuradoria pelo ex-congressista Otto Bula, preso por suspeita de receber US$ 4,6 milhões de propina da Odebrecht.

De acordo com o legislador, "Bula afirmou que a Odebrecht, através dele, realizou a entrega de US$ 1 milhão cujo beneficiado final teria sido a gerência da campanha presidencial de Santos em 2014".

A Comissão de Acusação da Câmara, composta por 11 representantes de diferentes partidos políticos, está estudando todas as informações para determinar se, em seguida, abre uma investigação formal contra o presidente Santos.

Guerrero disse que a decisão será tomada nos próximos dias.

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