Rússia, Ucrânia e UE chegam a acordo sobre gás
O acordo inclui o pagamento da dívida de Kiev com a petrolífera Gazprom e o pagamento adiantado pelas novas entregas
Da Redação
Publicado em 30 de outubro de 2014 às 20h49.
Ucrânia , União Europeia e Rússia chegaram a um acordo nesta quinta-feira para garantir o fornecimento de gás russo aos ucranianos durante o inverno europeu.
O acordo inclui o pagamento da dívida de Kiev com a petrolífera Gazprom e o pagamento adiantado pelas novas entregas.
A Comissão Europeia anunciou uma coletiva de imprensa em que participarão os ministros russo e ucraniano de Energia, Alexander Novak e Yuri Prodan, o presidente da Comissão, José Manuel Durão Barroso, assim como os presidentes da Gazprom, Alexei Miller, e de Naftogaz, a companhia nacional ucraniana, Andrei Kobolev.
O pagamento da dívida da Ucrânia com a Gazprom - de 3,1 bilhões de dólares - será feito em duas parcelas, uma agora e outra até o final do ano, informou uma fonte.
"Os ucranianos têm dinheiro para pagar", acrescentou.
O acordo prevê também um preço de 385 dólares para os 1.000 m³ desde novembro até o fim de março de 2015, o tempo do contrato.
Kiev obteve a garantia de que o preço não mudará nesse período. O pagamento será feito no mês anterior ao recebimento do gás.
A Ucrânia precisa, para os próximos meses, de cerca de 4.000 milhões de m³.
A última rodada de negociações iniciada na quarta-feira em Bruxelas entre Rússia e Ucrânia foram retomadas nesta tarde após o retorno da delegação russa a Bruxelas.
Ao chegar a Bruxelas, o ministro russo de Energia disse que esperava chegar a um acordo ainda nesta quinta-feira.
O diretor da Gazprom, Alexei Miller, advertiu na quarta-feira à noite que as negociações "só aconteceriam (na quinta-feira) se a parte ucraniana e a Comissão se colocassem de acordo sobre o protocolo bilateral".
"Se não se obtiver esse acordo, não haverá nenhuma negociação e nenhum documento será assinado", completou.
Sem gás desde junho
Antes do anúncio do acordo, José Manuel Durão Barroso havia pedido que todas as partes aproveitassem a oportunidade para garantir o abastecimento de gás à Ucrânia.
A Gazprom avaliou a dívida da Ucrânia em 5,3 bilhões de dólares e em junho suspendeu o abastecimento de gás por falta de pagamento.
Para enfrentar a dívida, Kiev pediu uma linha de crédito adicional à UE, de 2,5 bilhões de dólares.
Nesta quinta-feira, o primeiro-ministro ucraniano, Arseni Yatseniuk, anunciou que pediria ajuda aos Estados Unidos e à Alemanha.
O comissário europeu de Energia, Gunther Oettinger, reconheceu na quarta-feira pela manhã que "a Ucrânia tem graves problemas de pagamento, é quase insolvente".
Kiev precisa 3,1 bilhões de dólares para saldar sua dívida e 1,5 bilhão para uma entrega de gás de 4 bilhões de m³ que permita passar o inverno.
"Tentamos criar um pacote financeiro para cobrir uma parte das dívidas e financiar as compras sob um sistema de pré-pagamento", dijo Oettinger.
"Kiev já recebeu bilhões em ajuda do FMI e da UE e deve utilizar uma parte para comprar gás", comentou.
Mas Oettinger considerou que o governo ucraniano tem que pagar os gastos correntes, como "reconstruir estradas e comprar armas".
O FMI afirmou nesta quinta-feira que pode atrasar a entrega de seu próximo empréstimo à Ucrania à espera de a formação de um novo governo, embora saiba que isso pode ter consequências graves para a economia do país, segundo as últimas previsões do Banco Mundial, deve ter uma retração de 8% do PIB.
Ucrânia , União Europeia e Rússia chegaram a um acordo nesta quinta-feira para garantir o fornecimento de gás russo aos ucranianos durante o inverno europeu.
O acordo inclui o pagamento da dívida de Kiev com a petrolífera Gazprom e o pagamento adiantado pelas novas entregas.
A Comissão Europeia anunciou uma coletiva de imprensa em que participarão os ministros russo e ucraniano de Energia, Alexander Novak e Yuri Prodan, o presidente da Comissão, José Manuel Durão Barroso, assim como os presidentes da Gazprom, Alexei Miller, e de Naftogaz, a companhia nacional ucraniana, Andrei Kobolev.
O pagamento da dívida da Ucrânia com a Gazprom - de 3,1 bilhões de dólares - será feito em duas parcelas, uma agora e outra até o final do ano, informou uma fonte.
"Os ucranianos têm dinheiro para pagar", acrescentou.
O acordo prevê também um preço de 385 dólares para os 1.000 m³ desde novembro até o fim de março de 2015, o tempo do contrato.
Kiev obteve a garantia de que o preço não mudará nesse período. O pagamento será feito no mês anterior ao recebimento do gás.
A Ucrânia precisa, para os próximos meses, de cerca de 4.000 milhões de m³.
A última rodada de negociações iniciada na quarta-feira em Bruxelas entre Rússia e Ucrânia foram retomadas nesta tarde após o retorno da delegação russa a Bruxelas.
Ao chegar a Bruxelas, o ministro russo de Energia disse que esperava chegar a um acordo ainda nesta quinta-feira.
O diretor da Gazprom, Alexei Miller, advertiu na quarta-feira à noite que as negociações "só aconteceriam (na quinta-feira) se a parte ucraniana e a Comissão se colocassem de acordo sobre o protocolo bilateral".
"Se não se obtiver esse acordo, não haverá nenhuma negociação e nenhum documento será assinado", completou.
Sem gás desde junho
Antes do anúncio do acordo, José Manuel Durão Barroso havia pedido que todas as partes aproveitassem a oportunidade para garantir o abastecimento de gás à Ucrânia.
A Gazprom avaliou a dívida da Ucrânia em 5,3 bilhões de dólares e em junho suspendeu o abastecimento de gás por falta de pagamento.
Para enfrentar a dívida, Kiev pediu uma linha de crédito adicional à UE, de 2,5 bilhões de dólares.
Nesta quinta-feira, o primeiro-ministro ucraniano, Arseni Yatseniuk, anunciou que pediria ajuda aos Estados Unidos e à Alemanha.
O comissário europeu de Energia, Gunther Oettinger, reconheceu na quarta-feira pela manhã que "a Ucrânia tem graves problemas de pagamento, é quase insolvente".
Kiev precisa 3,1 bilhões de dólares para saldar sua dívida e 1,5 bilhão para uma entrega de gás de 4 bilhões de m³ que permita passar o inverno.
"Tentamos criar um pacote financeiro para cobrir uma parte das dívidas e financiar as compras sob um sistema de pré-pagamento", dijo Oettinger.
"Kiev já recebeu bilhões em ajuda do FMI e da UE e deve utilizar uma parte para comprar gás", comentou.
Mas Oettinger considerou que o governo ucraniano tem que pagar os gastos correntes, como "reconstruir estradas e comprar armas".
O FMI afirmou nesta quinta-feira que pode atrasar a entrega de seu próximo empréstimo à Ucrania à espera de a formação de um novo governo, embora saiba que isso pode ter consequências graves para a economia do país, segundo as últimas previsões do Banco Mundial, deve ter uma retração de 8% do PIB.