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Rússia expulsará 35 diplomatas dos EUA em resposta a sanções

Ação virá em resposta às medidas adotadas pelo presidente americano Barack Obama contra a Rússia por interferência nas eleições americanas

Sergei Lavrov: "A reciprocidade é parte da lei diplomática" (Alexander Nemenov/AFP)

Sergei Lavrov: "A reciprocidade é parte da lei diplomática" (Alexander Nemenov/AFP)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 30 de dezembro de 2016 às 09h07.

Última atualização em 30 de dezembro de 2016 às 09h38.

Moscou - O ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, sugeriu nesta sexta-feira a expulsão de 35 diplomatas americanos em resposta a uma nova rodada de sanções dos EUA contra Moscou por causa do suposto uso de ciberataques para interferir nas eleições presidenciais de 2016.

"Não podemos deixar tais atos sem resposta. A reciprocidade é parte da lei diplomática", disse o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov. Ele chamou as pessoas em questão - 31 funcionários da embaixada dos EUA em Moscou e 4 no consulado dos EUA em São Petersburgo - de "persona non-grata".

Lavrov também disse que os americanos devem ser proibidos de usar suas casas de férias perto de Moscou.

A disputa é um dos maiores enfrentamentos diplomáticos entre Washington e Moscou desde o fim da Guerra Fria. O presidente Barack Obama, em uma declaração sobre o que ele chamou de uma resposta parcial aos alegados ataques da Rússia, disse que os ataques cibernéticos "só poderiam ter sido dirigidos pelos mais altos níveis do governo russo".

A Rússia negou o envolvimento e Lavrov acusou os EUA de não terem nenhuma evidência.

"A saída da administração americana de Barack Obama, que acusou a Rússia de todos os pecados mortais e tentou culpar-nos pelo fracasso de suas iniciativas de política externa, entre outras coisas, tem infundadamente feito acusações adicionais de que a Rússia interferiu na campanha eleitoral dos EUA", disse ele.

Ontem, os EUA anunciaram sanções às agências russas de inteligência e expulsaram 35 agentes de inteligência que supostamente servem sob cobertura diplomática da embaixada russa em Washington e do consulado russo em São Francisco. Fonte: Dow Jones Newswires.

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