Rússia defende eficácia de sua vacina contra vírus do ebola
A ministra da Saúde tentou acabar com as dúvidas sobre rapidez com a qual foi sintetizada a vacina e superados todos os testes em animais e clínicos em humanos
Da Redação
Publicado em 15 de janeiro de 2016 às 10h23.
Moscou - O Ministério da Saúde da Rússia e os cientistas que desenvolveram uma vacina russa contra o vírus do ebola defenderam nesta sexta-feira sua eficácia, perante as críticas de alguns especialistas que puseram em dúvida a pesquisa.
A ministra da Saúde, Veronika Skvortsova, tentou acabar em entrevista coletiva com as dúvidas sobre a rapidez com a qual foi sintetizada a vacina e superados todos os testes em animais e clínicos em humanos para chegar à fabricação em massa do composto.
"Para conseguir uma vacina o mais rápido possível criamos uma empresa pública conformada por cientistas de várias instituições e também pesquisadores do Ministério da Defesa. Planificamos a pesquisa semana a semana, o que permitiu conseguir resultados em um prazo muito curto", explicou.
Embora o Ministério tenha encarregado a elaboração da vacina há apenas 15 meses, em plena epidemia do ebola em África Ocidental, os cientistas russos aproveitaram décadas de pesquisas prévias para achar o composto.
"Se não fosse pelos trabalhos iniciados na União Soviética e continuados depois pela Rússia, praticamente desde o descobrimento do vírus em 1976, teria sido impossível concluir a pesquisa atual", disse por sua vez Aleksandr Ginsburg, diretor do Instituto de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya que sintetizou a vacina.
Skvortsova e Ginsburg também responderam às críticas sobre o sigilo que rodeia a nova vacina e a falta de publicações científicas sobre o tema.
A ministra anunciou que na semana que vem voará a Genebra para apresentar o trabalho ao comitê executivo da Organização Mundial da Saúde (OMS) e garantiu que todos os testes no exterior serão feitos em cooperação com esse organismo.
Por sua vez, Ginsburg explicou que os resultados da pesquisa ainda não foram publicados em meios especializados pela falta de uma patente internacional do composto.
Por outro lado, embora a filial do Instituto Pasteur na Guiné solicitou iniciar testes da vacina russa para compará-la com outra desenvolvida pela farmacêutica Merck, ainda não tomou uma decisão a respeito, embora a Rússia, recalcou Skvortsova, esteja pronta para se somar ao projeto.
A ministra e os responsáveis da pesquisa reiteraram que a vacina russa é muito mais efetiva que seus análogos ocidentais, apesar da OMS parecer apostar pela vacina experimental da Merck, que demonstrou uma confiabilidade de 90%.
"Nosso composto mostra uma melhor imunização que seus análogos", disse à Agência Efe Elena Simakova, especialista em técnicas imunológicas.
Simakova acrescentou que "mostrou um excelente nível de tolerância, sem mais efeitos secundários que os frequentes em uma vacinação".
E disse que "não houve registro durante os testes clínicos de nenhum efeito adverso grave. A porcentagem de efeitos não desejados foi muito baixa, sobretudo se levarmos em conta a efetividade da vacina, de 100% nos primatas" contagiados.
O Instituto Gamaliya desenvolveu duas variantes da vacina, uma universal e outra destinada especificamente às pessoas contagiadas com o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) causador da aids.
A fábrica de produção farmacêutica integrada no Instituto já tem capacidade para fabricar até 10 mil dose mensais da vacina, por isso que a Rússia já "está pronta para iniciar uma campanha de vacinação na Guiné entre março e abril", disse Skvortsova.
Moscou - O Ministério da Saúde da Rússia e os cientistas que desenvolveram uma vacina russa contra o vírus do ebola defenderam nesta sexta-feira sua eficácia, perante as críticas de alguns especialistas que puseram em dúvida a pesquisa.
A ministra da Saúde, Veronika Skvortsova, tentou acabar em entrevista coletiva com as dúvidas sobre a rapidez com a qual foi sintetizada a vacina e superados todos os testes em animais e clínicos em humanos para chegar à fabricação em massa do composto.
"Para conseguir uma vacina o mais rápido possível criamos uma empresa pública conformada por cientistas de várias instituições e também pesquisadores do Ministério da Defesa. Planificamos a pesquisa semana a semana, o que permitiu conseguir resultados em um prazo muito curto", explicou.
Embora o Ministério tenha encarregado a elaboração da vacina há apenas 15 meses, em plena epidemia do ebola em África Ocidental, os cientistas russos aproveitaram décadas de pesquisas prévias para achar o composto.
"Se não fosse pelos trabalhos iniciados na União Soviética e continuados depois pela Rússia, praticamente desde o descobrimento do vírus em 1976, teria sido impossível concluir a pesquisa atual", disse por sua vez Aleksandr Ginsburg, diretor do Instituto de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya que sintetizou a vacina.
Skvortsova e Ginsburg também responderam às críticas sobre o sigilo que rodeia a nova vacina e a falta de publicações científicas sobre o tema.
A ministra anunciou que na semana que vem voará a Genebra para apresentar o trabalho ao comitê executivo da Organização Mundial da Saúde (OMS) e garantiu que todos os testes no exterior serão feitos em cooperação com esse organismo.
Por sua vez, Ginsburg explicou que os resultados da pesquisa ainda não foram publicados em meios especializados pela falta de uma patente internacional do composto.
Por outro lado, embora a filial do Instituto Pasteur na Guiné solicitou iniciar testes da vacina russa para compará-la com outra desenvolvida pela farmacêutica Merck, ainda não tomou uma decisão a respeito, embora a Rússia, recalcou Skvortsova, esteja pronta para se somar ao projeto.
A ministra e os responsáveis da pesquisa reiteraram que a vacina russa é muito mais efetiva que seus análogos ocidentais, apesar da OMS parecer apostar pela vacina experimental da Merck, que demonstrou uma confiabilidade de 90%.
"Nosso composto mostra uma melhor imunização que seus análogos", disse à Agência Efe Elena Simakova, especialista em técnicas imunológicas.
Simakova acrescentou que "mostrou um excelente nível de tolerância, sem mais efeitos secundários que os frequentes em uma vacinação".
E disse que "não houve registro durante os testes clínicos de nenhum efeito adverso grave. A porcentagem de efeitos não desejados foi muito baixa, sobretudo se levarmos em conta a efetividade da vacina, de 100% nos primatas" contagiados.
O Instituto Gamaliya desenvolveu duas variantes da vacina, uma universal e outra destinada especificamente às pessoas contagiadas com o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) causador da aids.
A fábrica de produção farmacêutica integrada no Instituto já tem capacidade para fabricar até 10 mil dose mensais da vacina, por isso que a Rússia já "está pronta para iniciar uma campanha de vacinação na Guiné entre março e abril", disse Skvortsova.