Rússia: Caso Skripal é uma provocação grotesca do Reino Unido e dos EUA
A guerra de braço entre russos e outras nacionalidades se arrasta há semanas, após um ex-espião russo ter sido envenenado em uma cidade inglesa
AFP
Publicado em 4 de abril de 2018 às 08h51.
O diretor do serviço de inteligência externa da Rússia , Serguei Naryshkin, chamou o caso Skripal de "provocação grotesca" dos serviços especiais britânicos e americanos.
"Mesmo na questão da provocação grotesca do caso Skripal, fabricado de forma grosseira pelos serviços de segurança do Reino Unido e Estados Unidos, parte dos países europeus não se apressam em seguir cegamente Londres e Washington, e preferem compreender o que aconteceu", declarou Serguei Naryshkin em uma conferência internacional sobre a segurança organizada em Moscou.
Naryshkin também pediu a "retomada do diálogo saudável" entre Moscou e os ocidentais no caso do ex-espião envenenado na Inglaterra, para evitar uma nova crise dos mísseis de Cuba.
"É necessário acabar com este jogo irresponsável que consiste em seguir aumentando as apostas e renunciar ao uso da força nas relações internacionais, para não levar a situação a uma segunda crise dos mísseis de Cuba", declarou Naryshkin.
"A comunidade internacional deve retornar a um diálogo saudável", insistiu.
O Reino Unido apontou a Rússia como responsável pelo ataque cometido no início de março em Salisbury, sul da Inglaterra, para envenenar com um agente neurotóxico Serguei Skirpal, ex-agente duplo que trabalhou para o serviço secreto britânico, e sua filha Yulia.
Moscou nega as acusações, que provocaram a crise diplomática mais grave entre Ocidente e Oriente desde a Guerra Fria e a expulsão de quase 300 diplomatas das duas partes.