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Rússia acusa EUA de treinar jihadistas para combater Assad

A nota destaca que o treinamento está sendo realizado nas imediações do campo de refugiados na cidade de Al Hasakah

Síria: os refugiados afirmam que o campo de treinamento funciona há mais de meio ano (Spencer Platt/Getty Images)

Síria: os refugiados afirmam que o campo de treinamento funciona há mais de meio ano (Spencer Platt/Getty Images)

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EFE

Publicado em 16 de dezembro de 2017 às 11h55.

Moscou - A Rússia acusou neste sábado os Estados Unidos de treinar várias centenas de jihadistas perto de um campo de refugiados na cidade da Al Hasakah, no nordeste da Síria, a fim de lançar uma nova contraofensiva contra o Exército sírio.

"Sob o comando de instrutores americanos das forças de operações especiais está sendo criada uma nova unidade chamada 'Novo Exército Sírio' a partir de grupos espalhados de terroristas", informou o Centro russo para a Reconciliação na Síria da em um comunicado.

A nota oficial destaca que tal treinamento está sendo realizado nas imediações do campo de refugiados que está 20 quilômetros ao nordeste da cidade da Al-Shaddadah, em Al Hasakah.

"Segundo relatos de refugiados que retornaram às suas casas, os instrutores americanos anunciaram que quando o treino terminar, as unidades serão desdobradas no sul da Síria para lutar contra as forças governamentais", acrescenta o Centro.

Os refugiados afirmam que o campo de treinamento funciona há mais de meio ano e é utilizado pela coalizão internacional liderada por Washington "como base de adestramento para os terroristas que chegam de diferentes partes da Síria".

"Atualmente, nos arredores do campo de refugiados estão concentrados cerca de 750 terroristas procedentes de Raqqa, Deir ez-Zor, Abu Kamal e os territórios ao leste do rio o Eufrates", destaca a nota.

Segundo a fonte, "o grosso dessas unidades é representado por mais de 400 terroristas do Estado Islâmico que chegaram livremente por estrada desde Raqqa em outubro com o apoio dos EUA".

Recentemente, o chefe do Estado Maior do Exército russo, Valeri Guerasimov, criticou o papel desempenhado pela coalizão internacional, e lembrou que, durante o ano em que interveio na Síria, o EI chegou a controlar 70% do território do país.

"A situação era crítica. Mais um mês e meio e a Síria teria deixado de existir como Estado", afirmou Guerasimov.

Isso ocorre depois que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, proclamou a "completa derrota" do EI na Síria e visitou nesta segunda-feira pela primeira vez a base aérea russa de Khmeimim, no país árabe.

Na ocasião, Putin anunciou a retirada em ordem parcial de tropas russas desdobradas na região desde o final de 2015, embora ainda permaneçam soldados e aviões em Khmeimim e na base naval de Tartus.

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