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Rússia acusa EUA de elevarem tensões com bombardeiros perto de fronteiras

"É claro que tais ações dos Estados Unidos não levam a um fortalecimento da atmosfera de segurança e estabilidade na região", afirma o Kremlin

Rússia e Estados Unidos: Ministério da Defesa russo disse que enviou dois caças Sukhoi SU-27 para interceptarem um bombardeiro estratégico B-52 norte-americano (Maxim Shemetov/Reuters)
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Reuters

Publicado em 21 de março de 2019 às 12h58.

Moscou — O Kremlin se queixou nesta quinta-feira, 21, que os sobrevoos de bombardeiros B-52 com capacidade nuclear dos Estados Unidos perto do Mar Báltico, perto das fronteiras da Rússia , estão criando tensões na região.

O Ministério da Defesa russo disse mais cedo nesta quinta-feira que enviou dois caças Sukhoi SU-27 para interceptarem um bombardeiro estratégico B-52 norte-americano que sistemas de radar mostraram estar voando em direção às fronteiras russas, embora a uma distância considerável.

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O ministério informou que os caças voltaram à base depois que o B-52 mudou de rota e seguiu na direção oposta, mas não disse quando o incidente ocorreu.

"No geral, me limitarei a dizer somente que é claro que tais ações dos Estados Unidos não levam a um fortalecimento da atmosfera de segurança e estabilidade na região diretamente contígua às fronteiras da Rússia", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, aos repórteres em uma teleconferência.

"Pelo contrário, elas criam tensões adicionais".

A mídia russa noticiou que um B-52 foi avistado perto da divisa com o enclave europeu de Kaliningrado e na região de Leningrado na segunda-feira. A certo ponto, segundo o portal de notícias RBC, o avião dos EUA, que partiu do Reino Unido, ficou a menos de 200 quilômetros de São Petersburgo.

Outro B-52 foi visto na região do Báltico no dia 16 de março, acrescentou.

Estes sobrevoos, vistos como uma demonstração de força concebida para testar tempos de reação e intimidar e dissuadir, também são realizados por Moscou.

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