Ron DeSantis desiste de candidatura para disputar eleições presidenciais nos EUA
Desistência ocorre após desempenho decepcionante nas prévias do partido Republicano, em Iowa
Redação Exame
Publicado em 21 de janeiro de 2024 às 17h32.
Última atualização em 22 de janeiro de 2024 às 10h07.
O governador da Flórida, Ron DeSantis, anunciou neste domingo, 21, a desistência de sua candidatura à Casa Branca.
O anúncio ocorre quase uma semana após o seu desempenho decepcionante nas prévias do partido Republicano, em Iowa. DeSantis ficou 30 pontos percentuais atrás do ex-presidente Donald Trump.
Após abandonar as primárias, ele anunciou o seu apoio a Trump.
Entrevista com especialista
O último episódio do podcast "O Caminho para a Casa Branca", uma coprodução entre EXAME e Gass Capital, já havia mostrado a dificuldade que o governador teria em se manter minimamente competitivo na disputa dentro do partido.
DeSantis já havia desistido de fazer campanha nas primárias de New Hampshire, que acontecem na terça-feira, 23. Segundo Mauricio Moura, professor da George Washington University e sócio do fundo Zaftra, da Gauss Capital, esse movimento do governador da Flórida ja representava praticamente sair da disputa.
"Porque provavelmente ele vai ficar em terceiro em New Hampshire e aí vai ter que ter, obviamente, resultados excepcionais, no caucus de Nevada e depois na primária na Carolina do Sul. Só para vocês terem uma ideia, a gente estava olhando a agenda do DeSantis, ele gastou mais tempo na Carolina do Sul essa semana do que em New Hampshire. Então a campanha dele está tendo que tomar decisões muito difíceis", disse durante a gravação do episódio.
Por lá, outra pré-candidata, a ex governadora da Carolina do Sul, Nikki Haley, aposta em um tudo ou nada para bater Trump -- ou ao menos perder com uma diferença de votos que permita à sua campanha construir um momentum positivo nos preparativos para as próximas primárias do partido (em fevereiro haverá votações em Nevada e Carolina do Sul).
Na avaliação de Moura, as chances em New Hampshire -- antes do endosso de DeSantis ao bilionário -- eram de 65% de vitória de Trump e 35% para Haley.
Caso Haley perca com uma diferença muito acachapante na próxima semana é possível antever que Trump ficará cada vez mais hegemônico.
Confira o podcast completo: