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Resgate russo não se contradiz com integração europeia

O presidente ucraniano, Viktor Yanukovich, afirmou que o resgate russo à Ucrânia não se contradiz com a integração europeia

Presidente ucraniano, Viktor Yanukovich (e), com seu colega russo, Vladimir Putin: "não há nenhuma contradição com a integração (europeia)", disse (Sergei Karpukhin/Files/Reuters)

Presidente ucraniano, Viktor Yanukovich (e), com seu colega russo, Vladimir Putin: "não há nenhuma contradição com a integração (europeia)", disse (Sergei Karpukhin/Files/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 19 de dezembro de 2013 às 09h50.

Kiev - O presidente ucraniano, Viktor Yanukovich, afirmou nesta quinta-feira que o resgate russo à Ucrânia, em forma de ajuda financeira e rebaixamento dos preços do gás, não se contradiz com a integração europeia.

"Nestes documentos (assinados com a Rússia) não há nenhuma contradição com a integração (europeia). Aqui não estamos falando de integração, mas de relações econômicas", disse Yanukovich durante uma entrevista ao vivo.

Ao responder a pergunta, Yanukovich pôs sobre a mesa vários documentos e encorajou os jornalistas presentes a estudá-los minuciosamente.

"Agora, faremos uma pausa para responder à pergunta sobre as condições nas quais assinaremos (um acordo com a UE) sobre a zona de livre-comércio", disse.

Yanukovich ressaltou que "quando nós acharmos que tais condições nos convêm, serão beneficentes para nós e, dessa forma, defendem os interesses nacionais, sem dúvidas, a resposta será positiva".

O líder destacou que a chave é encontrar a resposta para pergunta sobre como minimizar os riscos para a economia ucraniana da associação com os vinte E oito.

Ao mesmo tempo, Yanukovich reconheceu que o Governo ucraniano estuda juntar vários documentos da União Aduaneira (UA), que é liderada pela Rússia e que, integrada também por Belarus e Cazaquistão, é considerada uma alternativa ao Acordo de Associação com a União Europeia (UE).


"A Ucrânia não se somou a nenhum documento da UA, o que, sem dúvida, cria problemas tanto para os países da União Aduaneira como para a Ucrânia. Assim que tirarmos as devidas conclusões, tomaremos uma decisão transparente sobre as condições nas quais ingressaremos", disse.

Além disso, o líder negou que a Ucrânia tenha posto ativos estatais como fiança para obter a assistência financeira russa, como assegura a oposição.

O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou na terça-feira depois de se reunir com Yanukovich no Kremlin que a Rússia comprará US$ 15 bilhões de bônus do Estado ucraniano para ajudar à deprimida economia do país vizinho.

Além disso, o líder adiantou que Moscou rebaixará o preço do gás em mais de 30% a Kiev, que pagará a partir de agora a US$ 268,5 por cada mil metros cúbicos de gás, o que suporá à Ucrânia uma economia anual de US$ 7 bilhões.

O rebaixamento do gás e os US$ 15 bilhões são uma tábua de salvação para a economia ucraniana, que se encontra à beira da quebra, segundo reconheceu o próprio Governo e como indicam suas reservas de divisas, em seu ponto mais baixo dos últimos sete anos.

Enquanto isso, a Presidência lituana da União Europeia advertiu ontem que o resgate russo à Ucrânia não salvará a economia ucraniana da crise.

"Se concedem dinheiro só para tapar buracos, isso significará adiar a dor de cabeça e isso não solucionará nada. Se é como estamos ouvindo, só será uma solução provisória", disse o ministro das Relações Exteriores lituano, Linas Linkevicius, à imprensa de seu país.

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