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Reservas de urânio crescem e garantem demanda por um século

Estoque de matéria-prima necessária para gerar energia em reatores nucleares aumentou 12,5% entre 2008 e 2010, para 7,096 milhões de toneladas

Sede da Agência Internacional de Energia Atômica: estudo realizado pela Instituição revela que a produção de urânio subiu 25% entre 2008 e 2010 (Joe Klamar/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de julho de 2012 às 08h53.

Viena - As reservas identificadas de urânio , a matéria-prima necessária para gerar energia em reatores nucleares, aumentaram 12,5% entre 2008 e 2010, para 7,096 milhões de toneladas, quantidade suficiente para satisfazer a atual demanda global durante um século, assinala um relatório publicado nesta quinta-feira em Viena.

O estudo elaborado pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e a NEA, a agência nuclear da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), acrescenta que a produção de urânio subiu 25% entre 2008 e 2010, graças à forte expansão registrada no Cazaquistão.

A produção mundial foi de 54.670 toneladas em 2010, 6% mais que as 51.526 toneladas de 2009 e 25% acima das 43.758 toneladas de 2008.

Com quase 20 mil toneladas produzidas, o Cazaquistão é o principal produtor mundial de urânio, material que é extraído em 22 países, entre os quais se destacam também Canadá, Austrália, Níger e Namíbia.

Já os investimentos feitos no setor cresceram 22% no mesmo período, superando US$ 2 bilhões, precisa o relatório.

Os especialistas da AIEA e da NEA estimam que a demanda de urânio seguirá crescendo em nível mundial, apesar da decisão de vários países europeus, como Alemanha, Suíça, Itália e Bélgica, de renunciar à energia atômica após o acidente na usina nuclear japonesa de Fukushima.


A demanda será impulsionada sobretudo pela expansão da energia nuclear na Ásia, cuja capacidade deverá aumentar entre 125% e 185% até 2035, da mesma forma que nos países europeus não membros da União Europeia (UE), onde o crescimento pode alcançar entre 55% e 125%.

Nos Estados Unidos, se calcula crescimento entre 7% e 28%, enquanto na UE a previsão varia entre contração de 11% e avanço de 24%.

A expansão mais pronunciada acontecerá na China, Índia, Coreia do Sul e Rússia, assinala o relatório.

A NEA e a AIEA asseguram que atualmente a capacidade das 440 usinas nucleares espalhadas pelo mundo chega a 375 GWe, o que requer 63.875 toneladas de urânio, bastante acima da produção anual.

A diferença se satisfaz com reservas armazenadas e com a conversão de urânio pouco e altamente enriquecido de usinas nucleares ou armamento atômico obsoleto dos Estados Unidos e da Rússia.

Daqui até 2035, as projeções da NEA e da AIEA falam de uma capacidade energética entre 540 e 746 GWe, o que iria requerer entre 97.645 e 136.385 toneladas de urânio por ano.

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Viena - As reservas identificadas de urânio , a matéria-prima necessária para gerar energia em reatores nucleares, aumentaram 12,5% entre 2008 e 2010, para 7,096 milhões de toneladas, quantidade suficiente para satisfazer a atual demanda global durante um século, assinala um relatório publicado nesta quinta-feira em Viena.

O estudo elaborado pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e a NEA, a agência nuclear da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), acrescenta que a produção de urânio subiu 25% entre 2008 e 2010, graças à forte expansão registrada no Cazaquistão.

A produção mundial foi de 54.670 toneladas em 2010, 6% mais que as 51.526 toneladas de 2009 e 25% acima das 43.758 toneladas de 2008.

Com quase 20 mil toneladas produzidas, o Cazaquistão é o principal produtor mundial de urânio, material que é extraído em 22 países, entre os quais se destacam também Canadá, Austrália, Níger e Namíbia.

Já os investimentos feitos no setor cresceram 22% no mesmo período, superando US$ 2 bilhões, precisa o relatório.

Os especialistas da AIEA e da NEA estimam que a demanda de urânio seguirá crescendo em nível mundial, apesar da decisão de vários países europeus, como Alemanha, Suíça, Itália e Bélgica, de renunciar à energia atômica após o acidente na usina nuclear japonesa de Fukushima.


A demanda será impulsionada sobretudo pela expansão da energia nuclear na Ásia, cuja capacidade deverá aumentar entre 125% e 185% até 2035, da mesma forma que nos países europeus não membros da União Europeia (UE), onde o crescimento pode alcançar entre 55% e 125%.

Nos Estados Unidos, se calcula crescimento entre 7% e 28%, enquanto na UE a previsão varia entre contração de 11% e avanço de 24%.

A expansão mais pronunciada acontecerá na China, Índia, Coreia do Sul e Rússia, assinala o relatório.

A NEA e a AIEA asseguram que atualmente a capacidade das 440 usinas nucleares espalhadas pelo mundo chega a 375 GWe, o que requer 63.875 toneladas de urânio, bastante acima da produção anual.

A diferença se satisfaz com reservas armazenadas e com a conversão de urânio pouco e altamente enriquecido de usinas nucleares ou armamento atômico obsoleto dos Estados Unidos e da Rússia.

Daqui até 2035, as projeções da NEA e da AIEA falam de uma capacidade energética entre 540 e 746 GWe, o que iria requerer entre 97.645 e 136.385 toneladas de urânio por ano.

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