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Repressão policial revolta manifestantes em Hong Kong

A dura repressão durante conflitos registrados em Hong Kong revoltou cidadãos e manifestantes pró-democracia

Policial imobiliza manifestante pró-democracia durante confrontos em Hong Kong (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de outubro de 2014 às 08h40.

Hong Kong - A dura repressão policial durante os conflitos registrados na madrugada desta quarta-feira em Hong Kong revoltou cidadãos e manifestantes pró-democracia que lideram os protestos que completam 18 dias hoje.

Um vídeo gravado pela rede de televisão "TVB" mostra seis policiais levando um manifestante para uma região afastada da multidão. Ele tem suas mãos amarradas, é jogado no chão e agredido durante quatro minutos.

O rapaz, identificado como Ken Tsang, membro do Partido Cívico, um dos principais grupos políticos pró-democracia em Hong Kong, estava entre as centenas de cidadãos que participaram nesta madrugada dos conflitos mais violentos com a polícia desde a explosão da revolta civil, em 28 de setembro.

Antes da meia-noite, ativistas do movimento obrigaram que os policiais se retirassem de ruas próximas ao escritório do governo e ao parlamento de Hong Kong. Eles conseguiram bloquear o tráfego de veículos e montar barricadas nas vias.

Horas depois, os agentes de segurança voltaram ao local e, usando de força e gás de pimenta, conseguiram dispersar os manifestantes.

As imagens dos confrontos, incluindo as agressões a Tsang, suscitaram fortes críticas por parte de cidadãos, políticos e organizações como a Anistia Internacional, que qualificaram a atuação policial como desproporcional.

O secretário de Segurança de Hong Kong, Lai Tung Kwok, disse que os oficiais que aparecem no vídeo com o manifestante agredido foram afastados de seus cargos. A polícia iniciou uma investigação sobre o caso.

Durante o dia de hoje, o movimento "Occupy Central", uma das três principais organizações que comandam os protestos na ex-colônia britânica, mostrou imagens de Tsang com hematomas na cabeça, pescoço e costas.

"Estamos desanimados e desiludidos. Não entendo o porquê dessa violência contra nós. Vamos com as mãos limpas", afirmou um estudante que participou dos incidentes da madrugada.

Nas portas do parlamento de Hong Kong, 21 membros do partido Pan Democrático condenaram hoje a atuação policial, considerada por eles como "ilegal".

Enquanto isso, mais de mil manifestantes ocupavam com centenas de tendas a região de Admiralty, coração dos escritórios do governo.

No bairro de Causeway Bay, onde os manifestantes também montaram acampamento, cerca de 100 amanheceram hoje nas ruas.

A Polícia de Hong Kong iniciou na madrugada de segunda-feira uma operação para retirar das ruas as barricadas montadas pelos estudantes, reestabelecendo o fluxo de trânsito nas regiões ocupadas. Cerca de 1,7 mil agentes estão envolvidos na ação.

Porém, os manifestantes conseguiram recuperar algumas dessas vias, o que resultou em conflito com as autoridades.

Os líderes dos protestos também condenaram a atuação policial e insistiram que o governo de Hong Kong deve negociar uma reforma da lei eleitoral para ampliar as liberdades democráticas na cidade.

Em declaração ao diário "South China Morning Post", o diretor do escritório chinês em Hong Kong, Zhang Xiaoming, disse que Pequim prevê que os protestos "durem algum tempo", destacando que o governo está "preparado para o pior".

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Hong Kong - A dura repressão policial durante os conflitos registrados na madrugada desta quarta-feira em Hong Kong revoltou cidadãos e manifestantes pró-democracia que lideram os protestos que completam 18 dias hoje.

Um vídeo gravado pela rede de televisão "TVB" mostra seis policiais levando um manifestante para uma região afastada da multidão. Ele tem suas mãos amarradas, é jogado no chão e agredido durante quatro minutos.

O rapaz, identificado como Ken Tsang, membro do Partido Cívico, um dos principais grupos políticos pró-democracia em Hong Kong, estava entre as centenas de cidadãos que participaram nesta madrugada dos conflitos mais violentos com a polícia desde a explosão da revolta civil, em 28 de setembro.

Antes da meia-noite, ativistas do movimento obrigaram que os policiais se retirassem de ruas próximas ao escritório do governo e ao parlamento de Hong Kong. Eles conseguiram bloquear o tráfego de veículos e montar barricadas nas vias.

Horas depois, os agentes de segurança voltaram ao local e, usando de força e gás de pimenta, conseguiram dispersar os manifestantes.

As imagens dos confrontos, incluindo as agressões a Tsang, suscitaram fortes críticas por parte de cidadãos, políticos e organizações como a Anistia Internacional, que qualificaram a atuação policial como desproporcional.

O secretário de Segurança de Hong Kong, Lai Tung Kwok, disse que os oficiais que aparecem no vídeo com o manifestante agredido foram afastados de seus cargos. A polícia iniciou uma investigação sobre o caso.

Durante o dia de hoje, o movimento "Occupy Central", uma das três principais organizações que comandam os protestos na ex-colônia britânica, mostrou imagens de Tsang com hematomas na cabeça, pescoço e costas.

"Estamos desanimados e desiludidos. Não entendo o porquê dessa violência contra nós. Vamos com as mãos limpas", afirmou um estudante que participou dos incidentes da madrugada.

Nas portas do parlamento de Hong Kong, 21 membros do partido Pan Democrático condenaram hoje a atuação policial, considerada por eles como "ilegal".

Enquanto isso, mais de mil manifestantes ocupavam com centenas de tendas a região de Admiralty, coração dos escritórios do governo.

No bairro de Causeway Bay, onde os manifestantes também montaram acampamento, cerca de 100 amanheceram hoje nas ruas.

A Polícia de Hong Kong iniciou na madrugada de segunda-feira uma operação para retirar das ruas as barricadas montadas pelos estudantes, reestabelecendo o fluxo de trânsito nas regiões ocupadas. Cerca de 1,7 mil agentes estão envolvidos na ação.

Porém, os manifestantes conseguiram recuperar algumas dessas vias, o que resultou em conflito com as autoridades.

Os líderes dos protestos também condenaram a atuação policial e insistiram que o governo de Hong Kong deve negociar uma reforma da lei eleitoral para ampliar as liberdades democráticas na cidade.

Em declaração ao diário "South China Morning Post", o diretor do escritório chinês em Hong Kong, Zhang Xiaoming, disse que Pequim prevê que os protestos "durem algum tempo", destacando que o governo está "preparado para o pior".

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