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Reino Unido reabre embaixada e restabelece relações com Irã

O Reino Unido restabeleceu formalmente as relações diplomáticas com o Irã com a reabertura da embaixada em Teerã

Reino Unido: Irã também reabriu a embaixada do país em Londres (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de agosto de 2015 às 09h43.

Teerã - O Reino Unido restabeleceu formalmente neste domingo as relações diplomáticas com o Irã com a reabertura da embaixada em Teerã, fechada em 2011 após um ataque promovido por um grupo de estudantes radicais, o que representa o exemplo mais simbólico da reaproximação entre a República Islâmica e a Europa .

A representação diplomática foi reaberta pelo ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, Philip Hammond, que chegou ao país acompanhado por uma grande delegação de diplomatas e empresários, uma viagem com objetivo de restabelecer totalmente os laços políticos, econômicos e comerciais entre os dois países.

O Irã também reabriu a embaixada do país em Londres, fechada como represália ao ataque à sede diplomática britânica pelos estudantes iranianos.

Na primeira visita de um chanceler britânico à República Islâmica desde 2003, Hammond tratou logo de reabrir a embaixada. Dezenas de jornalistas, policiais e o público presente esperavam a aparição da bandeira do Reino Unido nos jardins do edifício, situado no centro de Teerã.

Ao chegar à capital iraniana, o próprio Hammond divulgou uma mensagem nas redes sociais, na qual classificou a reabertura da embaixada como "um momento histórico" nas relações bilaterais.

A reaproximação foi possível graças ao acordo firmado entre o Irã e Grupo 5+1 (Reino Unido, França, Rússia, China, Estados Unidos, mais Alemanha) sobre o programa nuclear da República Islâmica. Contribuiu também o governo moderado de Hassan Rohani, que está disposto a melhorar a relação do país com o Ocidente.

"Reabrir nossas embaixadas é um passo-chave para melhorar as relações bilaterais. Em primeiro lugar, queremos garantir que o acordo nuclear é um sucesso, incluindo o impulso ao comércio e aos investimentos assim que as sanções forem suspensas", acrescentou.

O ministro também indicou que, a partir de agora, Irã e Reino Unido poderão discutir os "desafios" que ambos os países enfrentam: o terrorismo, a estabilidade regional, o avanço do Estado Islâmico no Iraque e na Síria, a imigração e o combate às drogas.

O ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, deve se reunir na tarde de hoje com o chanceler britânico. Em declarações à agência oficial "Irna" ele disse que a reabertura da embaixada responde às políticas de Teerã, orientadas para "melhorar os laços com o mundo", além do fato de os países "terem se dado conta do papel construtivo do Irã na região".

Inicialmente, ambos os países manterão as relações em nível de encarregados de negócios e não nomearão, por enquanto, embaixadores nos respectivos países.

O retorno dos britânicos, bem recebido pela população iraniana de uma forma geral, foi duramente criticado pelos setores mais radicais do regime islâmico, que sublinharam o "perigo" de aceitar a presença de "um país que tem uma história muito negra" em relação ao Irã.

As relações entre Londres e Teerã só começaram a se descongelar em dezembro de 2013, com a primeira visita de um diplomata britânico ao país desde o incidente, uma aproximação facilitada pela chegada de Rohani ao poder.

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Teerã - O Reino Unido restabeleceu formalmente neste domingo as relações diplomáticas com o Irã com a reabertura da embaixada em Teerã, fechada em 2011 após um ataque promovido por um grupo de estudantes radicais, o que representa o exemplo mais simbólico da reaproximação entre a República Islâmica e a Europa .

A representação diplomática foi reaberta pelo ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, Philip Hammond, que chegou ao país acompanhado por uma grande delegação de diplomatas e empresários, uma viagem com objetivo de restabelecer totalmente os laços políticos, econômicos e comerciais entre os dois países.

O Irã também reabriu a embaixada do país em Londres, fechada como represália ao ataque à sede diplomática britânica pelos estudantes iranianos.

Na primeira visita de um chanceler britânico à República Islâmica desde 2003, Hammond tratou logo de reabrir a embaixada. Dezenas de jornalistas, policiais e o público presente esperavam a aparição da bandeira do Reino Unido nos jardins do edifício, situado no centro de Teerã.

Ao chegar à capital iraniana, o próprio Hammond divulgou uma mensagem nas redes sociais, na qual classificou a reabertura da embaixada como "um momento histórico" nas relações bilaterais.

A reaproximação foi possível graças ao acordo firmado entre o Irã e Grupo 5+1 (Reino Unido, França, Rússia, China, Estados Unidos, mais Alemanha) sobre o programa nuclear da República Islâmica. Contribuiu também o governo moderado de Hassan Rohani, que está disposto a melhorar a relação do país com o Ocidente.

"Reabrir nossas embaixadas é um passo-chave para melhorar as relações bilaterais. Em primeiro lugar, queremos garantir que o acordo nuclear é um sucesso, incluindo o impulso ao comércio e aos investimentos assim que as sanções forem suspensas", acrescentou.

O ministro também indicou que, a partir de agora, Irã e Reino Unido poderão discutir os "desafios" que ambos os países enfrentam: o terrorismo, a estabilidade regional, o avanço do Estado Islâmico no Iraque e na Síria, a imigração e o combate às drogas.

O ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, deve se reunir na tarde de hoje com o chanceler britânico. Em declarações à agência oficial "Irna" ele disse que a reabertura da embaixada responde às políticas de Teerã, orientadas para "melhorar os laços com o mundo", além do fato de os países "terem se dado conta do papel construtivo do Irã na região".

Inicialmente, ambos os países manterão as relações em nível de encarregados de negócios e não nomearão, por enquanto, embaixadores nos respectivos países.

O retorno dos britânicos, bem recebido pela população iraniana de uma forma geral, foi duramente criticado pelos setores mais radicais do regime islâmico, que sublinharam o "perigo" de aceitar a presença de "um país que tem uma história muito negra" em relação ao Irã.

As relações entre Londres e Teerã só começaram a se descongelar em dezembro de 2013, com a primeira visita de um diplomata britânico ao país desde o incidente, uma aproximação facilitada pela chegada de Rohani ao poder.

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