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Reino Unido não descarta incluir Irã em convenção de Genebra

Chanceler do Reino Unido disse que acredita na participação da oposição moderada síria na convenção de Genebra e não descartou a participação do Irã

Chanceler britânico, William Hague: "sírios de todos os setores necessitam fazer agora um esforço e os compromissos necessários para que funcione o processo de paz", disse (File Upload Bot (Magnus Manske) / Wikimedia Commons)
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Da Redação

Publicado em 22 de outubro de 2013 às 07h47.

Londres - O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido , William Hague, disse nesta terça-feira que acredita na participação da oposição moderada síria na convenção de Genebra e não descartou a participação do Irã se o país aceitar uma transição política na Síria .

Em declarações para a Rádio 4 da "BBC" antes do início da reunião em Londres dos Amigos da Síria, Hague pediu à oposição que se some à conferência Genebra II, que será realizada no próximo mês, para ajudar a pôr fim ao conflito armado.

"Os sírios de todos os setores necessitam fazer agora um esforço e os compromissos necessários para que funcione o processo de paz", disse o chanceler britânico, que se mostrou positivo em relação a uma possível participação do Irã.

Dez ministros das Relações Exteriores e o secretário de Estado americano, John Kerry, participam hoje da reunião dos Amigos da Síria para apoiar a oposição síria e preparar a convenção de Genebra.

O objetivo do encontro de hoje é convencer a principal aliança da oposição, a Coalizão Nacional, a participar no mês que vem da conferência que será realizada na Suíça.

Uma das facções que integram a Coalizão Nacional, o chamado Conselho Nacional Sírio, já disse que não confia nas negociações com o regime de Damasco e se nega a participar.

Segundo o ministro das Relações Exteriores britânico, "quanto mais se prolonga este conflito, mais sectário ele se transforma", por isso considerou necessário "renovar os esforços" em Genebra.


Sobre o Irã, Hague disse que é importante que o país "desempenhe um trabalho mais construtivo".

"Analisei a situação na Síria com o novo ministro iraniano das Relações Exteriores (Yavad Zarif)", acrescentou.

"Se eles são sérios, certamente que ajuda ter todas as potências do exterior envolvidas nisto, mas isso depende deles (iranianos) virem com o objetivo comum de tentar alcançar um acordo pacífico baseado em um governo de transição", afirmou.

"Essa é a posição da Rússia -acrescentou- e é a posição de todos nós entre as nações ocidentais e árabes. Essa deve ser também a posição do Irã", disse Hague.

A reunião de hoje, realizada no palacete de Lancaster House, conta com a presença dos responsáveis das Relações Exteriores do Reino Unido, Egito, França, Alemanha, EUA, Jordânia, Itália, Catar, Arábia Saudita, Turquia e Emirados Árabes Unidos.

Os países ocidentais receberam com satisfação o acordo alcançado no mês passado em Genebra entre EUA e Rússia para que o regime sírio entregue suas armas químicas, mas que não freou o conflito armado nem reduziu a catástrofe humanitária.

Desde o começo do conflito, em 2011, cerca de 100.000 pessoas morreram na Síria.

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Londres - O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido , William Hague, disse nesta terça-feira que acredita na participação da oposição moderada síria na convenção de Genebra e não descartou a participação do Irã se o país aceitar uma transição política na Síria .

Em declarações para a Rádio 4 da "BBC" antes do início da reunião em Londres dos Amigos da Síria, Hague pediu à oposição que se some à conferência Genebra II, que será realizada no próximo mês, para ajudar a pôr fim ao conflito armado.

"Os sírios de todos os setores necessitam fazer agora um esforço e os compromissos necessários para que funcione o processo de paz", disse o chanceler britânico, que se mostrou positivo em relação a uma possível participação do Irã.

Dez ministros das Relações Exteriores e o secretário de Estado americano, John Kerry, participam hoje da reunião dos Amigos da Síria para apoiar a oposição síria e preparar a convenção de Genebra.

O objetivo do encontro de hoje é convencer a principal aliança da oposição, a Coalizão Nacional, a participar no mês que vem da conferência que será realizada na Suíça.

Uma das facções que integram a Coalizão Nacional, o chamado Conselho Nacional Sírio, já disse que não confia nas negociações com o regime de Damasco e se nega a participar.

Segundo o ministro das Relações Exteriores britânico, "quanto mais se prolonga este conflito, mais sectário ele se transforma", por isso considerou necessário "renovar os esforços" em Genebra.


Sobre o Irã, Hague disse que é importante que o país "desempenhe um trabalho mais construtivo".

"Analisei a situação na Síria com o novo ministro iraniano das Relações Exteriores (Yavad Zarif)", acrescentou.

"Se eles são sérios, certamente que ajuda ter todas as potências do exterior envolvidas nisto, mas isso depende deles (iranianos) virem com o objetivo comum de tentar alcançar um acordo pacífico baseado em um governo de transição", afirmou.

"Essa é a posição da Rússia -acrescentou- e é a posição de todos nós entre as nações ocidentais e árabes. Essa deve ser também a posição do Irã", disse Hague.

A reunião de hoje, realizada no palacete de Lancaster House, conta com a presença dos responsáveis das Relações Exteriores do Reino Unido, Egito, França, Alemanha, EUA, Jordânia, Itália, Catar, Arábia Saudita, Turquia e Emirados Árabes Unidos.

Os países ocidentais receberam com satisfação o acordo alcançado no mês passado em Genebra entre EUA e Rússia para que o regime sírio entregue suas armas químicas, mas que não freou o conflito armado nem reduziu a catástrofe humanitária.

Desde o começo do conflito, em 2011, cerca de 100.000 pessoas morreram na Síria.

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