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Reino Unido deixa soldados "em alerta" se Brexit ocorrer sem acordo

O governo decidiu na reunião semanal "dar prioridade operacional" aos preparativos para uma possível saída brusca da União Europeia

Brexit: 3.500 soldados "em alerta" caso precisem colaborar com outros departamentos (Peter Nicholls/Reuters)
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EFE

Publicado em 18 de dezembro de 2018 às 15h22.

Londres - O Ministério da Defesa do Reino Unido divulgou nesta terça-feira, 18, que colocará 3.500 soldados "em alerta" para caso precisem colaborar com outros departamentos do governo, por exemplo em portos ou aeroportos, caso ocorra um Brexit sem acordo.

Em discurso na Câmara dos Comuns, o ministro da Defesa, Gavin Williamson, detalhou que o contingente incluirá militares "regulares e da reserva", que estarão prontos para colaborar nas tarefas às quais forem designados.

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O governo da primeira-ministra Theresa May decidiu na reunião semanal "dar prioridade operacional" aos preparativos para uma possível saída brusca da União Europeia (UE) no dia 29 de março de 2019, mas ressaltou que a intenção é deixar o bloco de maneira negociada.

Williamson revelou os "planos de contingência" ao ser questionado por um deputado conservador, Will Quince, se algum outro ministério tinha solicitado a ajuda das "forças armadas de primeira classe" do Reino Unido para o caso de um Brexit duro.

O ministro respondeu que, embora ainda não tenha recebido nenhum "pedido formal" de apoio, disponibilizou esse contingente de soldados para colaborar em qualquer cenário de crise, como no caso de longas filas nas fronteiras.

No conselho de ministros semanal, o governo analisou as medidas a serem tomadas para preparar uma possível, embora não desejada, saída da UE sem acordo de saída ou para a futura relação comercial.

Entre outras coisas, o ministério de Economia prevê distribuir 2 bilhões de libras esterlinas adicionais entre diferentes ministérios e o envio de mensagens às empresas com instruções para que estejam preparadas.

O porta-voz do Partido Liberal Democrata, Vince Cable, acusou o governo conservador de querer assustar com "uma guerra psicológica", enquanto o Partido Trabalhista, o principal da oposição, avalia se apresentará uma moção de censura contra o governo.

May se comprometeu a submeter à votação parlamentar um acordo do Brexit na semana de 14 de janeiro, após ter suspendido a que estava prevista para 11 de dezembro, mas não está claro se conseguirá obter o apoio necessário para que seja aprovado, o que deixaria mais provável uma saída drástica da UE.

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