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Reino Unido acusa Rússia de envenenar ex-espião

Primeira-ministra britânica disse que é "altamente provável" que a Rússia seja responsável pelo envenenamento na Inglaterra de Sergei Skripal e de sua filha

Theresa May: "Não toleraremos uma tentativa descarada como esta de assassinar civis inocentes no nosso solo" (Francois Lenoir/Reuters/Reuters)
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EFE

Publicado em 12 de março de 2018 às 14h51.

Última atualização em 12 de março de 2018 às 15h26.

Londres - A primeira-ministra do Reino Unido , Theresa May, afirmou nesta segunda-feira no parlamento que é "altamente provável" que a Rússia seja responsável pelo envenenamento do ex- espião duplo Serguei Skripal com um agente nervoso.

Skripal, de 66 anos, e sua filha, de 33, permanecem em estado crítico, mas estável, desde que foram encontrados inconscientes no último dia 4 no banco de um parque em Salisbury, no sul da Inglaterra.

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A chefe do governo britânico disse na Câmara dos Comuns que a substância utilizada nesse ataque é de natureza "militar" e foi fabricada no passado pela Rússia, que ainda pode ter a capacidade de produzi-la.

"Está agora claro que o senhor Skripal e sua filha foram envenenados com um agente nervoso de natureza militar de um tipo desenvolvido pela Rússia. É parte de um grupo de agentes nervosos conhecidos como 'Novichok'", especificou.

Com base na identificação da substância por parte de "especialistas de envergadura mundial", o Reino Unido determinou que "a Rússia produziu anteriormente esse agente e ainda seria capaz de fazê-lo", acrescentou a primeira-ministra.

May ressaltou que só há "duas possibilidades" para explicar o envenenamento: ou foi "um ataque direto" da Rússia, ou Moscou "perdeu o controle" da substância e deixou que caísse em mãos inadequadas, destacou.

Perante isso, a chefe de governo anunciou que o embaixador russo no Reino Unido foi chamado ao Ministério de Relações Exteriores para esclarecer se o envenenamento de Skripal, antigo agente do Kremlin que foi cooptado para trabalhar para o MI6 britânico, é "uma ação direta do Estado russo".

Depois de se reunir esta manhã com os responsáveis da polícia e as principais agências de inteligência do país, May disse que o fato não é só uma "tentativa de assassinato" do ex-espião, mas um ato "indiscriminado e temerário contra o Reino Unido que pôs as vidas de civis inocentes em risco".

"Não toleraremos uma tentativa descarada como esta de assassinar civis inocentes no nosso solo", completou a primeira-ministra, que ressaltou o "histórico da Rússia em perpetrar assassinatos patrocinados pelo Estado".

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