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Regime negocia com EI para evitar ofensiva em Damasco, diz ONG

Segundo o Observatório Sírio, o governo de Bashar Al-Assad está negociando com o Estado Islâmico para que eles abandonem a região sul da capital Damasco

Síria: governo sírio negocia parte do território de Damasco com o EI (Zohra Bensemra/Reuters)
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EFE

Publicado em 17 de abril de 2018 às 14h26.

Cairo - As forças do regime sírio continuam negociando com os jihadistas do Estado Islâmico (EI) para que abandonem suas posições no sul da capital, Damasco, e assim evitar uma ofensiva, informou nesta terça-feira o Observatório Sírio de Direitos Humanos.

A ONG detalhou que o governo sírio continua desdobrando unidades e reforçando suas posições tendo em vista uma ofensiva militar contra o EI no campo de Al Yarmouk, com refugiados palestinos, e outras regiões, caso as tentativas de negociação com os radicais fracassem.

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Segundo o Observatório, se houver um acordo, os jihadistas sairiam de Damasco para o norte da Síria e não para o sul, como sugeriram as forças do regime nas negociações.

Hoje pela manhã, as forças governamentais sírias atacaram com mísseis áreas controladas pelo EI no sul de Damasco, o que causou a morte de pelo menos um menor de idade.

As forças do regime tiveram como alvo áreas do sul de Damasco, o distrito do campo Al Yarmouk e o bairro de Hayar al Asuad, com mais de 40 projéteis e mísseis, detalhou a ONG.

No último mês, o EI tentou recuperar terreno lançando vários ataques no leste de Deir ez-Zor e no sul de Damasco, nas imediações do campo da Al Yarmouk, onde tomou o controle do bairro da Al Qadam.

Os extremistas estão presentes há anos no distrito de Hayar al Asuad e controlam um terço do campo de refugiados palestinos de Al Yarmouk.

Enquanto isso, uma parte de Al Yarmouk está em poder do Organismo de Libertação do Levante, a ex-filial síria da Al Qaeda, e outra nas mãos das autoridades sírias e facções palestinas aliadas do governo de Damasco.

O EI, que proclamou um "califado" na Síria e no Iraque em junho de 2014, perdeu a maior parte do território que controlava em ambos os países no último ano.

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