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Rebeldes líbios e forças de Kadafi se enfrentam em Bani Walid

Apesar do confronto, prazo dado pelo Conselho Nacional de Transição para que os aliados do ditador se rendam ainda não acabou

Os rebeldes colocaram um novo batalhão próximo a cidade de Bani Walid (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de setembro de 2011 às 14h25.

Trípoli - Forças leais a Muammar Kadafi e tropas rebeldes líbias entraram em combate nas últimas horas nos arredores de Bani Walid, onde podem estar escondidos Seif al Islam e Saadi, dois dos filhos do ditador líbio.

Fontes militares dos insurgentes informaram à Agência Efe que pelo menos cinco foguetes partiram de dentro da cidade em direção a postos dos rebeldes, que nas últimas horas reforçaram sua presença com um novo batalhão.

As mesmas fontes indicaram que uma unidade se aproximou do local e que pelo menos dois supostos aliados de Kadafi morreram e um soldado rebelde ficou ferido em uma troca de tiros.

O novo incidente armado aconteceu apenas 48h antes do fim do ultimato dado pelo Conselho Nacional de Transição (CNT) aos combatentes pró-Kadafi para que entreguem as armas e deixem Bani Walid. Além disso, coincide com a divulgação de uma nova mensagem de áudio de Kadafi, na qual nega as informações de que procura asilo no Níger ou em outro país e insiste que permanecerá na Líbia disposto a batalhar para recuperar o poder.

Na gravação, que como as anteriores foi divulgada pela rede de televisão síria "Al Rai", o líder líbio disse que o comboio que nesta semana chegou ao Níger dirigido por líderes tuaregues, e que encorajou as especulações sobre sua fuga, "não é o primeiro que entra ou sai" do país africano.

"Valente povo líbio, a terra da Líbia é vossa. Aqueles que agora tentam arrebatá-los não são mais que invasores, mercenários, cachorros de rua. Querem se apoderar de vossa pátria ancestral, mas não conseguirão", disse.

"Não abandonaremos esta terra. Os jovens estão prontos para lançar uma espiral de resistência contra os ratos de Trípoli e acabar com os mercenários", acrescentou a voz atribuída a Kadafi.

As notícias sobre o paradeiro de Kadafi e de seus filhos são confusas desde que em 21 de agosto as tropas rebeldes invadiram Trípoli e em apenas uma semana conquistaram a capital. Desde então, foi dito que o líder líbio estaria em Sirte, sua cidade natal, como em Bani Walid, Sebha e inclusive em uma região desértica próxima à fronteira com o Chade e o Níger.

A entrada, há poucos dias, de um grande comboio militar líbio carregado de ouro e dinheiro neste último país aumentou as especulações sobre a possibilidade de que Kadafi e seus filhos estivessem buscando refúgio em Burkina Fasso.

No entanto, o Governo de Niamey negou que o líder líbio estivesse na caravana, enquanto seu vizinho do sul afirmou o mesmo sobre a possibilidade de Kadafi estar exilado em seu território.

Responsáveis pela captura de Kadafi sugerem que a única razão para explicar a resistência de Bani Walid é que em seu interior se encontram tanto Saif Al Islam como seu irmão Saadi, e inclusive o próprio ditador "escondido em um buraco".

Enquanto isso, as poucas notícias que chegam da cidade descrevem um panorama dramático. Aparentemente, a cidade está sem energia elétrica há dias, além de estar sem água corrente, remédios e comunicações, que foram cortadas pelas tropas leais a Kadafi, que mantêm a população aterrorizada e isolada do que ocorre no resto do país.

Frente a esta situação e perante o possível ataque à cidade no sábado, os rebeldes instalaram nos arredores de Bani Walid um hospital de campanha dotado com abundante material de primeiros socorros e pessoal médico especializado

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Trípoli - Forças leais a Muammar Kadafi e tropas rebeldes líbias entraram em combate nas últimas horas nos arredores de Bani Walid, onde podem estar escondidos Seif al Islam e Saadi, dois dos filhos do ditador líbio.

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O novo incidente armado aconteceu apenas 48h antes do fim do ultimato dado pelo Conselho Nacional de Transição (CNT) aos combatentes pró-Kadafi para que entreguem as armas e deixem Bani Walid. Além disso, coincide com a divulgação de uma nova mensagem de áudio de Kadafi, na qual nega as informações de que procura asilo no Níger ou em outro país e insiste que permanecerá na Líbia disposto a batalhar para recuperar o poder.

Na gravação, que como as anteriores foi divulgada pela rede de televisão síria "Al Rai", o líder líbio disse que o comboio que nesta semana chegou ao Níger dirigido por líderes tuaregues, e que encorajou as especulações sobre sua fuga, "não é o primeiro que entra ou sai" do país africano.

"Valente povo líbio, a terra da Líbia é vossa. Aqueles que agora tentam arrebatá-los não são mais que invasores, mercenários, cachorros de rua. Querem se apoderar de vossa pátria ancestral, mas não conseguirão", disse.

"Não abandonaremos esta terra. Os jovens estão prontos para lançar uma espiral de resistência contra os ratos de Trípoli e acabar com os mercenários", acrescentou a voz atribuída a Kadafi.

As notícias sobre o paradeiro de Kadafi e de seus filhos são confusas desde que em 21 de agosto as tropas rebeldes invadiram Trípoli e em apenas uma semana conquistaram a capital. Desde então, foi dito que o líder líbio estaria em Sirte, sua cidade natal, como em Bani Walid, Sebha e inclusive em uma região desértica próxima à fronteira com o Chade e o Níger.

A entrada, há poucos dias, de um grande comboio militar líbio carregado de ouro e dinheiro neste último país aumentou as especulações sobre a possibilidade de que Kadafi e seus filhos estivessem buscando refúgio em Burkina Fasso.

No entanto, o Governo de Niamey negou que o líder líbio estivesse na caravana, enquanto seu vizinho do sul afirmou o mesmo sobre a possibilidade de Kadafi estar exilado em seu território.

Responsáveis pela captura de Kadafi sugerem que a única razão para explicar a resistência de Bani Walid é que em seu interior se encontram tanto Saif Al Islam como seu irmão Saadi, e inclusive o próprio ditador "escondido em um buraco".

Enquanto isso, as poucas notícias que chegam da cidade descrevem um panorama dramático. Aparentemente, a cidade está sem energia elétrica há dias, além de estar sem água corrente, remédios e comunicações, que foram cortadas pelas tropas leais a Kadafi, que mantêm a população aterrorizada e isolada do que ocorre no resto do país.

Frente a esta situação e perante o possível ataque à cidade no sábado, os rebeldes instalaram nos arredores de Bani Walid um hospital de campanha dotado com abundante material de primeiros socorros e pessoal médico especializado

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