Rebeldes fazem contraofensiva no norte da Síria
Rebeldes sírios lançaram uma grande contraofensiva em quatro províncias do norte da Síria, onde ganharam espaço
Da Redação
Publicado em 24 de março de 2014 às 17h23.
Síria - Rebeldes sírios lançaram nesta segunda-feira uma grande contraofensiva em quatro províncias do norte da Síria , onde ganharam espaço, indicou nesta segunda-feira o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
"Após as derrotas registradas em Qalamun, os rebeldes lançaram uma grande contra-ofensiva no norte, nas províncias de Latakia, Alepo, Idleb e no campo de Hama", mais ao centro, disse o diretor da ONG opositora, Rami Abdel Rahman.
Na província de Idleb, o exército "cedeu 15 postos de controle perto de Khan Sheikhun e o regime tem bases militares apenas em Wadi al-Deif e Hamadiye, cercadas e abastecidas por via aérea", acrescentou.
Em Alepo, o regime perdeu os bairros de Layramun, a Cidade Velha e o monte Shwayhne, e sofreu muitas baixas, segundo Rami Abdel Rahman.
É o primeiro ataque coordenado desta envergadura desde a explosão, no início do ano, do conflito entre uma coalizão rebelde, que inclui a Frente al-Nusra - o braço da Al-Qaeda na Síria -, e seus antigos companheiros de armas, os jihadistas ultrarradicais do Estado Islâmico do Iraque e Levante (EIIL).
Segundo Ibrahim al-Idlebi, porta-voz de uma unidade rebelde, "há uma coordenação total entre os grupos". "A principal razão é a retirada do EIIL da região, agora já não temos que combater dois inimigos, mas um só", o regime, explicou o porta-voz.
Além disso, os rebeldes receberam da Turquia munições e armas, incluindo mísseis terra-ar, disse o porta-voz.
Kasab, ponto estratégico
Na província de Latakia, reduto do regime e a região da família Assad, que dirige o país há 45 anos, os insurgentes tomaram um ponto fronteiriço com a Turquia. Também controlam a praça principal do povoado de Kasab, a seis quilômetros dali, segundo Rahman.
As autoridades sírias afirmaram que os rebeldes e seus aliados jihadistas chegaram da Turquia para atacar o posto de Kasab, um dos últimos pontos fronteiriços com a Turquia que o regime seguia controlando.
Uma fonte da segurança síria declarou à AFP que havia "uma zona de operações em Kasab, onde homens armados se infiltraram a partir da Turquia com a ingerência direta dos turcos". Acrescentou que as forças sírias estavam tratando a questão.
Segundo o OSDH, ao menos 130 combatentes dos dois grupos morreram na batalha no fim de semana.
O município de Kasab conta com 5.000 habitantes. Deles, dois terços são armênios e os demais alauitas, a confissão do presidente Bashar al-Assad.
Ofensiva conjunta
O coronel rebelde Afif al-Suleiman, chefe do conselho militar de Idleb, afirmou à AFP que "começou uma ofensiva conjunta". A situação "é muito boa nas três frentes" de Idleb, Latakia e Hama.
Segundo ele, o fator decisivo foi a tomada há seis semanas de Morek, entre Hama e Aleppo.
"Foi aberta a estrada entre Hama e o norte. O sucesso no campo de batalha é para quem controla as rotas de abastecimento", declarou.
Também explicou que o regime retirou tropas de Idleb para enviá-las a Latakia, e que os rebeldes aproveitaram para atacar.
Há três anos, a Síria é palco de um conflito que já deixou ao menos 146.000 mortos, segundo o OSDH, e obrigou milhares de pessoas a deixar suas casas.
Síria - Rebeldes sírios lançaram nesta segunda-feira uma grande contraofensiva em quatro províncias do norte da Síria , onde ganharam espaço, indicou nesta segunda-feira o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
"Após as derrotas registradas em Qalamun, os rebeldes lançaram uma grande contra-ofensiva no norte, nas províncias de Latakia, Alepo, Idleb e no campo de Hama", mais ao centro, disse o diretor da ONG opositora, Rami Abdel Rahman.
Na província de Idleb, o exército "cedeu 15 postos de controle perto de Khan Sheikhun e o regime tem bases militares apenas em Wadi al-Deif e Hamadiye, cercadas e abastecidas por via aérea", acrescentou.
Em Alepo, o regime perdeu os bairros de Layramun, a Cidade Velha e o monte Shwayhne, e sofreu muitas baixas, segundo Rami Abdel Rahman.
É o primeiro ataque coordenado desta envergadura desde a explosão, no início do ano, do conflito entre uma coalizão rebelde, que inclui a Frente al-Nusra - o braço da Al-Qaeda na Síria -, e seus antigos companheiros de armas, os jihadistas ultrarradicais do Estado Islâmico do Iraque e Levante (EIIL).
Segundo Ibrahim al-Idlebi, porta-voz de uma unidade rebelde, "há uma coordenação total entre os grupos". "A principal razão é a retirada do EIIL da região, agora já não temos que combater dois inimigos, mas um só", o regime, explicou o porta-voz.
Além disso, os rebeldes receberam da Turquia munições e armas, incluindo mísseis terra-ar, disse o porta-voz.
Kasab, ponto estratégico
Na província de Latakia, reduto do regime e a região da família Assad, que dirige o país há 45 anos, os insurgentes tomaram um ponto fronteiriço com a Turquia. Também controlam a praça principal do povoado de Kasab, a seis quilômetros dali, segundo Rahman.
As autoridades sírias afirmaram que os rebeldes e seus aliados jihadistas chegaram da Turquia para atacar o posto de Kasab, um dos últimos pontos fronteiriços com a Turquia que o regime seguia controlando.
Uma fonte da segurança síria declarou à AFP que havia "uma zona de operações em Kasab, onde homens armados se infiltraram a partir da Turquia com a ingerência direta dos turcos". Acrescentou que as forças sírias estavam tratando a questão.
Segundo o OSDH, ao menos 130 combatentes dos dois grupos morreram na batalha no fim de semana.
O município de Kasab conta com 5.000 habitantes. Deles, dois terços são armênios e os demais alauitas, a confissão do presidente Bashar al-Assad.
Ofensiva conjunta
O coronel rebelde Afif al-Suleiman, chefe do conselho militar de Idleb, afirmou à AFP que "começou uma ofensiva conjunta". A situação "é muito boa nas três frentes" de Idleb, Latakia e Hama.
Segundo ele, o fator decisivo foi a tomada há seis semanas de Morek, entre Hama e Aleppo.
"Foi aberta a estrada entre Hama e o norte. O sucesso no campo de batalha é para quem controla as rotas de abastecimento", declarou.
Também explicou que o regime retirou tropas de Idleb para enviá-las a Latakia, e que os rebeldes aproveitaram para atacar.
Há três anos, a Síria é palco de um conflito que já deixou ao menos 146.000 mortos, segundo o OSDH, e obrigou milhares de pessoas a deixar suas casas.