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Rebeldes congoleses anunciam cessar-fogo antes de conversas

O M23 pediu que o governo da RDC também anunciasse um cessar-fogo para que as conversas de paz comecem em um clima mais tranquilo

Rebelde do M23: o M23 é formado por soldados congoleses desertores e supostamente fiéis ao rebelde Bosco Ntaganda. (©AFP / Tony Karumba)
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Da Redação

Publicado em 8 de janeiro de 2013 às 16h51.

Campala - O grupo rebelde congolês M23 declarou nesta terça-feira um cessar-fogo unilateral antes das conversas de paz que deverão se iniciar com o governo da República Democrática do Congo (RDC) para pôr fim ao conflito no leste do país.

"Queremos anunciar o fim das hostilidades por nossa parte", disse em entrevista coletiva o porta-voz do M23, François Rucongoza, em Campala, capital da Uganda.

O M23 pediu que o governo da RDC também anunciasse um cessar-fogo para que as conversas de paz comecem em um clima mais tranquilo, mas afirmou que isto não é um condicionamento para as negociações.

"Estamos pressionando para que assinem um cessar-fogo, mas também não queremos que seja um empecilho para as negociações", afirmou Rucongoza.

O M23 aproveitou a entrevista coletiva para acusar Kinshasa (capital da RDC) de estar enviando novas tropas para próximo das posições rebeldes, algo que, segundo o grupo, é um sinal de que o governo da RDC não está interessado na paz, mas em continuar com o conflito.


"Seguimos envolvidos no processo de paz em Campala enquanto o governo segue recrutando soldados em nosso país", criticou o representante do M23, grupo rebelde que se revoltou em abril e que intensificou sua ofensiva no final do ano passado, até tomar a cidade de Goma.

O M23 é formado por soldados congoleses desertores e supostamente fiéis ao rebelde Bosco Ntaganda, procurado pelo Tribunal Penal Internacional por crimes de guerra e contra a humanidade.

Ntaganda se integrou há três anos nas forças da RDC ao contribuir para a pacificação de Kivu do Norte, após ajudar a deter, em 2009, Laurent Nkunda, antigo senhor da guerra e general do Exército.

Os rebeldes se sublevaram em abril para protestar pela perda de poder imposta pelo governo ao seu líder, e renegociar o acordo do 23 de março de 2009, data que dá nome ao grupo e significou sua inserção no Exército.

A RDC se encontra imersa ainda em um frágil processo de paz após a segunda guerra do Congo (1998-2003), que envolveu várias nações africanas, e é o país que tem a maior missão da ONU.

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"Queremos anunciar o fim das hostilidades por nossa parte", disse em entrevista coletiva o porta-voz do M23, François Rucongoza, em Campala, capital da Uganda.

O M23 pediu que o governo da RDC também anunciasse um cessar-fogo para que as conversas de paz comecem em um clima mais tranquilo, mas afirmou que isto não é um condicionamento para as negociações.

"Estamos pressionando para que assinem um cessar-fogo, mas também não queremos que seja um empecilho para as negociações", afirmou Rucongoza.

O M23 aproveitou a entrevista coletiva para acusar Kinshasa (capital da RDC) de estar enviando novas tropas para próximo das posições rebeldes, algo que, segundo o grupo, é um sinal de que o governo da RDC não está interessado na paz, mas em continuar com o conflito.


"Seguimos envolvidos no processo de paz em Campala enquanto o governo segue recrutando soldados em nosso país", criticou o representante do M23, grupo rebelde que se revoltou em abril e que intensificou sua ofensiva no final do ano passado, até tomar a cidade de Goma.

O M23 é formado por soldados congoleses desertores e supostamente fiéis ao rebelde Bosco Ntaganda, procurado pelo Tribunal Penal Internacional por crimes de guerra e contra a humanidade.

Ntaganda se integrou há três anos nas forças da RDC ao contribuir para a pacificação de Kivu do Norte, após ajudar a deter, em 2009, Laurent Nkunda, antigo senhor da guerra e general do Exército.

Os rebeldes se sublevaram em abril para protestar pela perda de poder imposta pelo governo ao seu líder, e renegociar o acordo do 23 de março de 2009, data que dá nome ao grupo e significou sua inserção no Exército.

A RDC se encontra imersa ainda em um frágil processo de paz após a segunda guerra do Congo (1998-2003), que envolveu várias nações africanas, e é o país que tem a maior missão da ONU.

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