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Farc querem que EUA participem de negociações de paz

Grupo afirma que isso iria acelerar o processo porque, de qualquer modo, o governo norte-americano está tomando todas as decisões

Fabián Ramírez, negociador das Farc, chega para as conversações de paz com o governo colombiano em Havana, Cuba (Enrique de la Osa/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de fevereiro de 2014 às 19h00.

Havana - O grupo guerrilheiro colombiano Farc pediu que os Estados Unidos se unam às conversações de paz com o governo colombiano, dizendo que isso iria acelerar o processo porque, de qualquer modo, o governo norte-americano está tomando todas as decisões importantes.

O governo colombiano e o Departamento de Estado dos EUA não responderam de imediato ao pedido, que provavelmente será rejeitado pelas autoridades da Colômbia com base na soberania nacional.

"Nós estamos discutindo uma questão do interesse dos Estados Unidos", disse a repórteres o chefe da equipe negociadora das Farc em Havana, Iván Márquez, antes do início da última rodada de conversações.

"Quem está de fato determinando o que acontece ou não aqui é o governo dos EUA, por isso nós gostaríamos de conversar com o governo dos EUA... Nós chegaríamos a um acordo mais rapidamente", disse Márquez.

Nos últimos 15 meses, Cuba vem sediando as conversações com o objetivo de pôr fim a meio século de guerrilha na Colômbia, a mais longa na América Latina, na qual morreram cerca de 200.000 pessoas e outros milhões foram forçadas a abandonar suas casas. A Noruega participa das conversações como mediador facilitador.

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) criticaram um suposto encontro nesta semana entre os EUA e a Colômbia. Segundo o grupo, o ministro da Defesa colombiano, Juan Carlos Pinzón, se reuniu com o Departamento de Estado dos EUA e a Agência Central de Inteligência (CIA). A Reuters não confirmou se tal encontro de fato ocorreu.

Os Estados Unidos deram à Colômbia ajuda militar para combater as Farc e outros grupos guerrilheiros que procuravam derrubar o governo colombiano e forjavam alianças com narcotraficantes.

Durante décadas, insurgentes esquerdistas da América Latina acusaram os EUA de conduzir os governos e a estratégia militar na região, uma queixa que tinha mais ressonância durante a Guerra Fria, quando os norte-americanos participaram ativamente de golpes militares e usaram sua influência desproporcional para tornar as economias latino-americanas abertas aos interesses dos EUA.

Depois do fim da Guerra Fria e dos atentados de 11 de setembro de 2001, porém, muitos analistas consideram que os EUA perderam interesse na América Latina e até mesmo ignoram a região.

As Farc também anunciaram nesta sexta-feira que o comandante guerrilheiro Fabián Ramírez, líder de uma facção conhecida como Bloco Sul, aderiu às conversações de paz, em um significativo sinal de unidade dos rebeldes.

Governo e rebeldes chegaram a um acordo provisório em dois dos cinco grandes tópicos em discussão: a questão das terras e o futuro político das Farc como um grupo desarmado. Eles estão se encaminhando para a busca de um terceiro acordo, no tema do tráfico de drogas.

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Havana - O grupo guerrilheiro colombiano Farc pediu que os Estados Unidos se unam às conversações de paz com o governo colombiano, dizendo que isso iria acelerar o processo porque, de qualquer modo, o governo norte-americano está tomando todas as decisões importantes.

O governo colombiano e o Departamento de Estado dos EUA não responderam de imediato ao pedido, que provavelmente será rejeitado pelas autoridades da Colômbia com base na soberania nacional.

"Nós estamos discutindo uma questão do interesse dos Estados Unidos", disse a repórteres o chefe da equipe negociadora das Farc em Havana, Iván Márquez, antes do início da última rodada de conversações.

"Quem está de fato determinando o que acontece ou não aqui é o governo dos EUA, por isso nós gostaríamos de conversar com o governo dos EUA... Nós chegaríamos a um acordo mais rapidamente", disse Márquez.

Nos últimos 15 meses, Cuba vem sediando as conversações com o objetivo de pôr fim a meio século de guerrilha na Colômbia, a mais longa na América Latina, na qual morreram cerca de 200.000 pessoas e outros milhões foram forçadas a abandonar suas casas. A Noruega participa das conversações como mediador facilitador.

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) criticaram um suposto encontro nesta semana entre os EUA e a Colômbia. Segundo o grupo, o ministro da Defesa colombiano, Juan Carlos Pinzón, se reuniu com o Departamento de Estado dos EUA e a Agência Central de Inteligência (CIA). A Reuters não confirmou se tal encontro de fato ocorreu.

Os Estados Unidos deram à Colômbia ajuda militar para combater as Farc e outros grupos guerrilheiros que procuravam derrubar o governo colombiano e forjavam alianças com narcotraficantes.

Durante décadas, insurgentes esquerdistas da América Latina acusaram os EUA de conduzir os governos e a estratégia militar na região, uma queixa que tinha mais ressonância durante a Guerra Fria, quando os norte-americanos participaram ativamente de golpes militares e usaram sua influência desproporcional para tornar as economias latino-americanas abertas aos interesses dos EUA.

Depois do fim da Guerra Fria e dos atentados de 11 de setembro de 2001, porém, muitos analistas consideram que os EUA perderam interesse na América Latina e até mesmo ignoram a região.

As Farc também anunciaram nesta sexta-feira que o comandante guerrilheiro Fabián Ramírez, líder de uma facção conhecida como Bloco Sul, aderiu às conversações de paz, em um significativo sinal de unidade dos rebeldes.

Governo e rebeldes chegaram a um acordo provisório em dois dos cinco grandes tópicos em discussão: a questão das terras e o futuro político das Farc como um grupo desarmado. Eles estão se encaminhando para a busca de um terceiro acordo, no tema do tráfico de drogas.

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