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Reaparece piloto de helicóptero que atacou Supremo na Venezuela

Na semana passada, Oscar Pérez lançou granadas contra o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) e atirou contra a sede do Ministério de Interior e Justiça

Oscar Pérez: piloto pediu aos venezuelanos que permaneçam "firmes nas ruas" contra o presidente Nicolás Maduro (Christian Veron/Reuters)
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AFP

Publicado em 5 de julho de 2017 às 08h58.

O piloto de helicóptero procurado por "terrorismo" após atacar o Supremo da Venezuela reapareceu na noite desta terça-feira em um vídeo nas redes sociais, no qual pede aos venezuelanos que permaneçam "firmes nas ruas" contra o presidente Nicolás Maduro.

"Tomemos consciência. O momento é agora, não amanhã. O momento do despertar é este (...). Permaneçamos firmes nas ruas", disse Oscar Pérez, policial e ator amador de 36 anos, com uma bandeira venezuelana sobre as costas.

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Em 27 de junho passado, Pérez e outros homens não identificados sobrevoaram Caracas em um helicóptero da polícia científica, lançando quatro granadas contra o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) e atirando contra a sede do Ministério de Interior e Justiça.

"As manobras foram realizadas com perfeição (...). Só causamos danos às estruturas do ministério do Interior e Justiça e do Tribunal Supremo. Não houve dano colateral porque isto foi planejado, porque não somos assassinos (...) como você, senhor Maduro", declarou Pérez apontando para a câmera.

Pérez, que disse estar de volta a Caracas, afirmou que seu grupo se unirá às manifestações contra Maduro. "Sairemos às ruas e estaremos com vocês. Não estão sós".

A oposição não se posicionou sobre o ataque com o helicóptero, e não descarta que tenha sido uma armação do governo.

Nesta terça-feira, um jovem de 25 anos morreu durante os protestos contra Maduro, que já provocaram 91 óbitos em três meses.

A Procuradoria confirmou a morte de Engelbert Duque, de 25 anos, em uma manifestação na localidade de Táriba, no estado de Táchira, em circunstâncias que estão sendo investigadas.

Dirigentes opositores denunciaram que grupos armados ligados ao governo bateram e atiraram nos manifestantes em distintas áreas do centro e oeste de Caracas.

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