Rainha Elizabeth coloca Brexit em 31 de outubro como prioridade britânica
A líder do Reino Unido também incluiu na agenda um novo acordo com a UE e uma série de medidas para conquistar eleitores antes de eleições
Reuters
Publicado em 14 de outubro de 2019 às 08h54.
Última atualização em 14 de outubro de 2019 às 08h59.
Londres - A rainha Elizabeth definiu a agenda de governo do premiê britânico, Boris Johnson , nesta segunda-feira (14), incluindo a previsão de um Brexit em 31 de outubro, um novo acordo com a União Europeia e uma série de medidas internas destinadas a conquistar os eleitores antes de eleições previstas.
O chamado Discurso da Rainha é o destaque de uma semana decisiva em Westminster, quando são detalhados todos os projetos planejados pelo governo para o próximo ano.
No entanto, com o Brexit sendo pauta e prováveis eleições no futuro próximo, partidos rivais disseram que Johnson estava abusando da neutralidade política da rainha ao pedir-lhe que definisse sua agenda eleitoral.
O discurso e as notas anexas apresentam uma visão geral de mais de 20 projetos de lei, incluindo a legislação necessária para implementar um acordo sobre o Brexit -- se Johnson conseguir chegar a um acordo com a UE nesta semana.
"Meu governo pretende trabalhar rumo a uma nova parceria com a União Europeia, baseada em livre comércio e cooperação amigável".
Os planos do governo incluem um esboço do sistema de imigração pós-Brexit proposto por Johnson, reformas na justiça criminal, mudanças na assistência à saúde e uma promessa de investir mais recursos públicos para estimular o crescimento.
"O povo está cansado de inércia, impasse, e aguarda mudanças", disse Johnson em um comunicado que acompanhava o discurso. "E ele não quer esperar mais para concluir o Brexit".
Mas o futuro político de Johnson e sua capacidade de efetivar qualquer item da agenda são bastante incertos. Ele governa com minoria e não foi capaz de vencer uma votação sequer no Parlamento desde que assumiu o cargo em julho.
Todos os partidos querem antecipar a eleição, mas discordam sobre quando ela deveria ocorrer.