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Quênia suspende envio de missão policial ao Haiti, diz chancelaria

Apoiada pela ONU, missão internacional tinha o objetivo de reforçar a segurança no país caribenho

Gangues controlam grande parte do Haiti, onde Ariel Henry renunciou ao cargo de primeiro-ministro (AFP Photo)
AFP

Agência de notícias

Publicado em 12 de março de 2024 às 18h22.

Última atualização em 12 de março de 2024 às 19h28.

O Quênia decidiu suspender o envio de policiais para o Haiti , que estava planejado como parte de uma missão internacional apoiada pela ONU para reforçar a segurança no país caribenho, assolado pela violência, informou, nesta terça-feira, 12, um alto funcionário da chancelaria queniana.

Korir Sing'oei, principal secretário das Relações Exteriores do país africano, disse à AFP que houve uma "mudança fundamental nas circunstâncias como consequência da ruptura total da lei e da ordem e da subsequente renúncia do primeiro-ministro do Haiti", Ariel Henry.

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Na noite de segunda-feira, Henry anunciou que deixaria o cargo, em meio aos constantes confrontos entre a polícia e as gangues armadas em seu país. Tanto estes grupos criminosos quanto parte da população haitiana pediam sua renúncia.

"Sem uma administração política no Haiti , não há ancoragem na qual se possa assentar um destacamento policial, portanto, o governo aguardará até que uma nova autoridade constitucional seja instalada no Haiti, antes de tomar novas decisões a respeito", acrescentou.

O secretário assegurou que o Quênia continua comprometido em "proporcionar liderança" à missão internacional, aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU em outubro.

Em resposta ao anúncio de Nairóbi, os Estados Unidos afirmaram não ver necessidade em adiar e missão e que um acordo de transição permitirá o estabelecimento de um novo governo, como quer o Quênia.

"É claro que eu ficaria preocupado com qualquer atraso, mas não achamos que um adiamento seja necessário", disse à imprensa o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller.

Nas últimas semanas, a crise de segurança no Haiti se tornou ainda mais violenta, com corpos nas ruas, saques de insumos básicos e um receio crescente de fome.

O Quênia havia informado que estava disposto a enviar mil policiais para o Haiti, mas este projeto enfrentou diversos obstáculos legais no país africano.

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