Redação Exame
Publicado em 24 de maio de 2024 às 08h59.
O Exército de Israel confirmou nesta sexta-feira que o brasileiro Michel Nisembaum, de 59 anos, mantido refém pelo Hamas na Faixa de Gaza, está morto. Michel vivia há mais de 40 anos em Israel, tinha duas filhas e quatro netos - o quinto está previsto para nascer em 2025.
Natural de Niterói, no Rio de Janeiro, Nisembaum tinha começado a atuar como guia turístico há pouco tempo e desapareceu na manhã do dia 7 de outubro, quando foi buscar a neta de quatro anos em uma base militar na cidade de Re’im, sul do país, onde ela estava com o pai, um soldado do Exército israelense.
Nisenbaum já havia trabalhado como motorista, entregador, vendedor e prestador de serviços de informática. Ele também era voluntário na Rescue Union, onde foi também motorista de ambulância.
Uma das principais preocupações apontadas por familiares durante esse período do sequestro era se Michel estava sendo medicado corretamente, já que era diabético e tinha doença Crohn — síndrome inflamatória que afeta partes do intestino delgado e o cólon.
Pouco mais de duas semanas depois do início do conflito entre Hamas e Israel, a Interpol informou ao Itamaraty o desaparecimento do brasileiro. No dia 24 de outubro, em um comunicado para a imprensa, o Ministério das Relações Exteriores afirmou que a pasta, por meio da Embaixada do Brasil em Tel Aviv, seguia “em contato com as autoridades locais a respeito de brasileiro desaparecido desde 07/10”.
O Itamaraty confirmou que Nisenbaum estava entre os desaparecidos do ataque terrorista do Hamas contra Israel em 7 de outubro. Acredita-se que ele era o único brasileiro mantido como refém pelo grupo.
O presidente Lula chegou a se reunir em dezembro do ano passado com a irmã e a filha de Michel.