Vista geral de Cabul, Afeganistão: "Dois civis foram mortos e três ficaram feridos", informou Seddiq, acrescentando que os feridos morreram mais tarde. (Jose Cabezas/AFP)
Da Redação
Publicado em 27 de março de 2013 às 15h16.
Cabul - Forças especiais afegãs e internacionais realizaram uma invasão noturna no leste rebelde do Afeganistão, e a polícia disse nesta quarta-feira que cinco civis morreram na operação, sendo quatro crianças.
O Ministério da Defesa informou que não houve mortes de civis na operação durante a noite na província de Logar, mas imagens de televisão da Reuters na aldeia Sejewand mostraram os corpos de pelo menos três crianças.
O presidente afegão, Hamid Karzai, já havia criticado os ataques das forças especiais em vilarejos afegãos, particularmente aqueles em que civis são mortos.
Um comunicado do Ministério do Interior disse que 23 combatentes do Taliban foram mortos e 26 foram capturados durante os combates em Sejewand.
O policial Rais Khan Seddiq disse que a operação foi realizada por soldados afegãos, assistidos por forças especiais internacionais, a fim de resgatar dois soldados afegãos capturados no dia anterior pelo Taliban.
"Dois civis foram mortos e três ficaram feridos", informou Seddiq, acrescentando que os feridos morreram mais tarde. Quatro dos mortos eram crianças, disse ele.
O Ministério da Defesa rejeitou qualquer noção de mortes de civis. O chefe de operações do Ministério, Afzal Aman, disse à Reuters que todos os mortos ou detidos estavam carregando armas.
"Nós... não aceitamos a alegação de vítimas civis. Todos os mortos ou detidos estavam armados, mas uma investigação está ocorrendo e vai ficar claro se há civis entre os mortos", disse.
Alegações de desaparecimentos e assassinatos ilegais na província vizinha de Wardak fizeram Karzai suspender todas as operações especiais dos EUA no local no mês passado. Embora ele também tenha ordenado que tropas internacionais saiam de algumas áreas da província, isso ainda não ocorreu.
O porta-voz do Taliban Zabihullah Mujahid disse que pelo menos 40 civis foram mortos durante os combates, mas depois revisou esse número para 28.